Vilarejos para reassentar vítimas da tragédia de Mariana não saíram do papel

Há dois anos, cidade viveu tragédia  

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Há dois anos, cidade viveu tragédia

 

Enquanto a imagem de destruição dos três distritos atingidos pelo rejeito da mineradora Samarco – Bento Rodrigues, Paracatu e Gesteira – permanece viva na memória e nas antigas comunidades soterradas dois anos depois da tragédia de 5 de novembro de 2015, ainda não é possível vislumbrar as novas vilas a serem construídas para abrigar as vítimas. Os desenhos urbanísticos estão em processo final de elaboração.

A Agência Brasil visitou os territórios soterrados pela lama que se espalhou com o rompimento da Barragem de Fundão, conversou com moradores que perderam não só casas, mas a memória e o modo tranquilo de vida. A ansiedade pela entrega dos novos distritos provoca depressão. Uma expectativa de colocar as lembranças de dois anos atrás onde devem ficar: vivas, mas no passado.

Cruzes e raiva 

A placa de 30 quilômetros por hora, em meio a casas destruídas e mato crescido em Bento Rodrigues, na cidade mineira de Mariana, recorda a tranquilidade do distrito de outrora. O topo do morro ainda guarda a histórica igreja de Nossa Senhora das Mercês intocada, o único vestígio de alegria que os moradores sempre citam ao contar sobre o local antes que a lama da mineradora Samarco soterrasse a tranquilidade da região.

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