Detento foi um dos sobreviventes do massacre no Compaj

A lentidão na identificação dos 60 presos chacinados em duas penitenciárias de Manaus e na transferência dos sobreviventes, nesta terça-feira (3), levou a família de Vinalda Pedrosa a acreditar que o sobrinho estava morto.

Segundo notíciado pelo G1, os familiares chegaram a comprar um caixão para o interno do Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), mas descobriram que ele estava ao vivo durante a transferência de 223 detentos para Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa.

“Nós estavamos em casa e pensamos que ele tinha morrido né? Disseram que ele estava no IML, nós fomos lá mas não tivemos notícia, até que a assistente social ligou e falou pra gente que ele tinha sido um dos únicos sobreviventes, e nós fomos lá na cadeia. O pai dele achava que ele tinha morrido, compramos o caixão dele. Disseram para a gente que ele se escondeu em um bueiro e conseguiu sobreviver por causa disso”, contou Vinalda.

As informações de quem esperava do lado de fora do presídio é que o último grupo de presos chegou em um caminhão por volta das 16h. Os 26 presos, no entanto, só foram liberados para entrar na cadeia por volta das 21h. Do lado de fora do Compaj, outras famílias esperavam pela lista dos transferidos para a cadeia pública.