Comissão da Câmara rejeita convocação de Geddel para prestar esclarecimentos

Votos de deputados aliados do governo

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Votos de deputados aliados do governo

Por 17 votos a 3, foi rejeitado o requerimento de convocação do ministro Geddel Vieira Lima para explicar acusação de tráfico de influência feita pelo ex-ministro da cultura Marcelo Calero. Segundo informações, os votos foram de deputados da base aliada do governo que estiveram presentes na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara.

Marcelo Calero pediu demissão no cargo, no dia 18 de novembro, e acusou Geddel de pressioná-lo para que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural), ligado ao Ministério da Cultura, produzisse um parecer técnico para liberar a construção de um empreendimento imobiliário em Salvador no qual compro um apartamento.

Em votação simbólica, governistas também rejeitaram o pedido para que Calero fosse convidado a comissão para falar do caso.

Segundo o Estadão, apenas três deputados do PT (Partido dos Trabalhadores) votaram a favor da convocação: Adelmo Leão (MG), Paulão (AL) e Jorge Solla (BA).

Para o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), que não faz parte da comissão, participou da sessão e foi o responsável por orientar a votação da base, não existiu crime cometido pelo ministro. “Quero que me digam qual foi o crime praticado pelo ministro Geddel que até agora não consegui enxergar”, disse.

Na terça, Moura já havia liderado um movimento a favor de Geddel, ao organizar um manifesto de apoio assinado por líderes da Casa.

A rejeição dos requerimentos também foi marcada por um bate-boca entre os deputados Wladimir Costa (SD-PA) e Paulão (PT-AL). Após Costa xingar petistas de “vagabundos”, Paulão reagiu e afirmou que o deputado do Pará já havia sido preso e era “bandido”. “Preso foi a tua mãe, seu vagabundo! Só se foi a prostituta da tua mulher!”, respondeu Costa aos gritos.

 

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