Uma das pessoas ouvidas afirma que recebeu ameaças, segundo jornal

As investigações da Polícia Militar de São Paulo sobre a chacina que deixou dezenove mortos em Osasco e Barueri expuseram dados de testemunhas que depuseram contra PMs, segundo reportagem desta quarta-feira (2) do jornal Folha de S. Paulo. Enquanto a apuração da Polícia Civil corre em segredo de Justiça, o processo que tramita na Justiça Militar escancara nomes, filiação, endereço e telefones de quatro pessoas ouvidas.

Uma das testemunhas expostas é um tenente reserva que afirmou ao jornal ter prestado depoimento à Corregedoria da PM como segurança de uma casa noturna. Segundo ele suas declarações foram distorcidas e seu nome foi incluído no processo como parte, não testemunha. O tenente da reserva diz que vai processar o Estado e que vem recebendo ameaças.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo se recusou a dar explicações sobre o caso e apenas disse que “em casos necessários, a Polícia Civil solicita à Justiça inclusão no programa de Proteção à Testemunha”.

Prisões – Apenas um soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) foi preso até o momento. Outros dezenove policiais e um segurança particular estão sendo investigados. O caso estava a cargo da Polícia Civil, mas a PM também passou a atuar no processo investigativo.