Acima de questões de fundo político ou ideológico, parece que o Brasil, através de seu governo, vem cometendo uma série de equívocos que não atendem ao interesse nacional.

No campo interno, a baixa qualidade dos ministros e dos ocupantes de funções relevantes. Escolhas políticas ou por ideologia sem resultados práticos. E manifestações que contrariam o bom senso, como a malograda tentativa de impor candidatura a presidente da Vale, uma empresa privada. Na Petrobras, há uma volta ao passado marcado por corrupção e investimentos discutíveis. Na área elétrica, o inconformismo com uma privatização exitosa. O retorno do BNDES como instrumento político é outro retrocesso.

Nas contas públicas, apesar das boas intenções do ministro Fernando Haddad, a gastança faz aumentar o endividamento já perigoso. E o desrespeito ao teto salarial, especialmente no Judiciário, afeta a credibilidade do setor público. As metas dificilmente serão cumpridas com este tipo de mentalidade.

Infelizmente os investimentos geradores de emprego e renda andam escassos. O ambiente para o investimento não é bom. No vitorioso agronegócio, percebe-se certa insegurança com a tolerância aos movimentos tipo MST.

Na área externa, estamos cada vez mais alinhados com os bolivarianos e o novo eixo Moscou-Pequim, em flagrante distanciamento dos EUA e da União Europeia. Postura benevolente com a ação do Hamas e da Rússia invasora. Um fundador do PT e irmão do líder na Câmara dos Deputados, o ex-deputado José Genuíno, chegou a defender boicote a lojas de judeus. Inacreditável este conjunto de erros.

O país carece de lideranças políticas experientes e fora deste jogo de baixo nível protagonizado pelo atual e o ex-presidente e suas cortes. A elite do serviço público que resta está no Banco Central, nos diplomatas e nos militares. O critério do mérito não chega a ser avaliado. O mesmo Lula que assume posturas menores é capaz de um diálogo civilizado e baseado no melhor da democracia com os governadores. Ele sabe o que é certo. 

Um grupo de idealistas com boa cabeça se reuniu no Partido Novo. Mas não entenderam que a política não é para amadores. Uma pena! Logo empresários que sabem que competência é essencial. Os defensores da livre empresa estão órfãos.

A maioria silenciosa, trabalhadora e ordeira pede um guia experiente e confiável. Que una, e não dívida.

O tempo passa, muitos países se posicionam e nós estamos parados numa politicagem de baixo nível, elitista e preconceituosa. Tempos difíceis!