Uma das personalidades mais marcantes de minha geração é Paulo Marinho, o empresário, administrador de sucesso, que tem sido um importante ator na vida do Rio e do Brasil. O destaque se deve ao fato raro do sucesso pessoal e profissional não ter em nenhum momento afetado sua maneira cordial, generosa e educada de ser. Um homem que tem a grandeza de conciliar e até perdoar.
 
Há semanas, teve gravíssimos problemas de saúde, o que o levou a delicadas cirurgias e a um mês no Sírio-Libanês, de São Paulo, aos cuidados de equipe relevante na nossa medicina, convocada pelo admirável Roberto Kalil. Graças a Deus, recuperado, Marinho já está em casa e vai retomando suas atividades. O susto por que passou reforça aqueles que tem fé na intervenção do alto para salvar quem fez por merecer as bênçãos da superação de dificuldades.
 
Paulo Marinho não é homem de religiosidade, é um católico como quase todos os brasileiros, mas, ao longo da vida, vem fazendo tudo que as religiões pregam. Filho admirável, amigo corretíssimo, marido exemplar e que mantém amizade e respeito com a ex, mãe de sua filha mais velha. E, como pai, tem uma dedicação e participação com entusiasmo e amor.
 
Meu avô dizia que a inveja não perdoa o sucesso. Paulo é um homem de sucesso não pelo êxito como empresário, nem como homem público respeitado, pela felicidade na vida familiar e apreço dos amigos. Muitos reúnem algumas ou todas essas qualidades. Mas poucos, por fatores do destino ou mesmo temperamento, chegam ao sucesso que é o reconhecimento geral, na estima, na admiração dos que tem a ventura de sua amizade, amigos ou funcionários, sem esconder ser feliz. A inveja corrói aqueles
que se reconhecem incapazes das qualidades e, claro, do reconhecimento geral. Não plantam e querem os frutos. Os invejosos, recalcados, deveriam procurar ser como ele. 
 
Sua personalidade se faz presente na vida nacional. Em 2018, aceitou convocação para emprestar seu talento a movimento político que seria de salvação nacional, como suplente de senador no Rio. Entretanto, antes mesmo da posse dos eleitos, como ele, se distanciou do poder que se instalava ao ter percebido que se tratava de uma fraude, cuja vantagem se limitava a ter evitado mal maior. Recolheu-se para não ser conivente. Coragem, desprendimento e independência demonstrados. 
 
O Rio muito deve a ele, na recuperação da indústria naval ao lado de Nelson Tanure, e na direção de jornais como O Dia e Jornal do Brasil. Foi ainda pioneiro na produção de programas jornalísticos na televisão, quando levou as telas pela primeira vez figuras relevantes como Ricardo Boechat, Augusto Nunes, Zózimo Barroso do Amaral entre outros. Foi dirigente de entidades de classe como ABDIB e Sindicato Construção Naval e teve boa presença no mercado financeiro na juventude. Parceiro de Roberto Medina no mais de uma vez. O conjunto da obra justifica este testemunho pelo exemplo a ser seguido. O mundo anda carente destes valores do trabalho, da cordialidade, na solidariedade, na postura natural no que é correto em todos os sentidos.
 
Obrigado dr. Roberto Kalil e equipe!