Foi mantida, por mais 180 dias, a medida cautelar de monitoramento por tornozeleira eletrônica do ex-comandante da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), coronel José Ivan de Almeida e de Reginaldo Freitas Rodrigues. Os dois foram presos em 26 de maio, acusados de extorsão.

A decisão é da juíza Eucelia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande. Conforme a magistrada, não houve mudança de fatos para autorizar a dispensa da medida cautelar da monitoração eletrônica, que permanece necessária, “visando fiscalizar o fiel cumprimento das demais medidas cautelares impostas”, pontuou.

Ainda segundo a juíza, os fatos noticiados são graves, já que os autuados teriam ameaçado as vítimas, para que fosse realizado pagamento de dívida. Com isso, foi renovada a decisão de monitoração eletrônica por mais 180 dias, bem como outras medidas cautelares impostas, de manter distância das vítimas e recolhimento domiciliar noturno.

Relembre o caso

Segundo as informações da polícia, as vítimas pegavam o dinheiro emprestado e acabavam sendo cobradas a juros. Nesta ocasião, as vítimas já tinham pagado valor bem maior ao que tinham emprestado e ainda eram cobradas. A polícia aponta que o modus operandi é semelhante a como agiam investigados da Omertà.

Coronel Ivan e Reginaldo eram o ‘braço armado' da ação, agindo mediante grave ameaça. Com isso, coagiam as vítimas e praticavam a extorsão. Além dos dois, o dono do dinheiro também foi preso, mas teve liberdade provisória garantida.

Os três foram presos em flagrante por extorsão em ação conjunta entre o (Delegacia Especializada de Repressão a a Banco, Assaltos e Sequestros) e (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).