Voltando hoje (7) à Campo Grande, terra onde nasceu e cresceu, o paratleta Yeltsin Jacques chegará às 23h50 na Capital de e comemorará as medalhas conquistadas nas Paralimpíadas de Tóquio com uma carreata nesta quarta-feira (8), conforme informou a esposa, Janayna Yankha ao Jornal Midiamax.

O movimento terá início às 9h, com saída no Horto Florestal, na Avenida Ernesto Geisel. “Para celebrar as conquistas dele”, declarou a companheira de Yeltsin sobre a carreata.

Campeão Paralímpico

Yeltsin Ortega Jacques foi o primeiro sul-mato-grossense a colocar medalha no peito e fez história na capital japonesa, com dois recordes quebrados. O campo-grandense garantiu o primeiro ouro do Brasil no paratletismo e o seu primeiro em Jogos Paralímpicos.

Com larga vantagem, venceu os 5.000 metros rasos da classe T11 (atletas com deficiência visual, com baixa ou nenhuma visão), ao bater o tempo de 15min13s12, melhor marca das Américas e a dois segundos do recorde mundial. 

O nome de Yeltsin estará para sempre nos livros de história que retratem o paralímpico brasileiro: o sul-mato-grossense foi o responsável por conquistar a 100ª medalha de ouro do Brasil nos Jogos Paralímpicos.

Segundo ouro

Memorável, seu segundo ouro nas Paralimpíadas de Tóquio-2020 veio nos 1.500 metros rasos T11, com direito a novo recorde mundial estabelecido. O fundista terminou a prova em 3min57s60 — a melhor marca do planeta era de 3min58s37, atingida pelo queniano Samwel Kimani na Paralimpíada de Londres-2012.

O campo-grandense de 29 anos ainda tentou a terceira medalha na Tóquio-2020, na maratona da classe T12. No entanto, devido ao cansaço, Yeltsin desistiu na metade da prova, quando completou 21 quilômetros pelas ruas da capital japonesa. Na competição, o corredor teve como atletas-guia Laurindo Nunes Neto e Carlos Antonio dos Santos (Bira).