O tempo seco e a baixa umidade do ar durante esta época do ano favorecem o aumento de casos de doenças respiratórias e da circulação dos vírus da . Em Campo Grande, duas pessoas morreram por de H3N2 neste ano. Um bebê de três meses, que faleceu na última segunda-feira (23), pode ser a terceira vítima. O menino deu entrada com sintomas de gripe e o caso é investigado pelas autoridades em saúde do Estado.

Segundo os especialistas, a diferença entre o resfriado e a gripe, é que na segunda, os sintomas são mais fortes e, principalmente tratando-se de bebês e crianças, a situação tem que ser acompanhada mais de perto.

De acordo com o pediatra Alberto Jorge Félix Costa, em um resfriado, a criança tem coriza e febre ocasional. Na gripe, os sintomas são mais fortes e os pais devem observar a evolução, principalmente para os mais jovens. Um dos principais indicativos de que a situação é grave e deve-se procurar um médico, segundo Costa, é a febre alta, acima dos 38,5°C, que volta com frequência.

“É necessário observar o estado geral da criança, normalmente quando o caso está mais grave, ela fica mais abatida e muda a rotina. Outra coisa, é que um quadro infecioso mais preocupante, tem febre mais alta, acima dos 38,5°C e que volta a quatro ou seis horas. Terceiro, que a criança quando está mais preocupante, não fica bem entre as febres. A febre abaixa, mas a criança continua abatida”, explica Costa.

Ainda segundo o médico, por se tratar de uma doença contagiosa, em situações mais graves é melhor não levar as crianças à escola. A Semed (Secretaria Municipal de Educação) também tem orientação similar.

Conforme a secretaria, os diretores e professores são orientados, ao receberem na unidade uma criança com qualquer sintoma de gripe, a pedirem aos responsáveis que retornem com a criança para casa e encaminhem para atendimento médico, principalmente se ela apresenta sintomas mais graves, como febre e tosse.

Caso a criança seja internada, a direção da unidade comunica a Superintendência de Gestão e Normas da Semed, que entra em contato com a Sesau e solicita a um agente de saúde do bairro para fazer o acompanhamento da situação da criança junto a família.

Recomendações

De acordo com informações divulgadas pela Santa Casa de Campo Grande, entre as recomendações feitas para enfrentar essa época do ano estão: oferecer bastante água para a criança e mantenha uma alimentação saudável, com frutas e verduras ricas em vitamina C.

Lavar as mãos com frequência e, sempre que possível, utilizar álcool em gel. Utilizar umidificador no ambiente onde a criança está para evitar o ressecamento das suas vias áreas. Evitar levar a criança, principalmente se for menor de seis meses, em lugares com aglomeração de pessoas, como shoppings.