Procedimento neurocirúrgico com uso de aparelho celular é feito na Santa Casa

Tratamento de um cisto cerebral 

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Tratamento de um cisto cerebral 

Na manhã desta terça-feira (03) o médico neurocirurgião, Dr. Newton Moreira, realizou um procedimento altamente moderno e inovador para o tratamento de um cisto cerebral em uma paciente. Procedimento neurocirúrgico com uso de aparelho celular é feito na Santa Casa

Na microcirurgia cerebral endoscópica é realizada uma pequena perfuração no crânio pela qual é inserido uma câmera endoscópica acoplada a um aparelho celular, substituindo o monitor de vídeo convencional (torre de vídeo), possibilitando assim uma melhor visibilidade da área de intervenção durante o procedimento. 

Esta cirurgia é indicada para casos de hidrocefalia, tumores, traumas e doenças vasculares e só havia sido realizada no Hospital das Clínicas em São Paulo, onde a técnica foi desenvolvida. 

O procedimento é inovador e a técnica utilizada pelo médico neurocirurugião resulta em uma mudança significativa para a neuroendoscopia. “Com este procedimento nós conseguimos inúmeros pontos positivos, dentre eles, diminuir os riscos de complicações cirúrgicas e infecções, o tempo de internação desses pacientes e, principalmente, a queda nos custos para o hospital, pois a técnica tradicional pode custar até 300 mil reais”, explica o médico.

A paciente, Maria Aparecida da Costa Souza, 54, sofria com fortes dores de cabeça e com episódios de crises convulsivas há mais de um ano e nos últimos meses o cisto começou a crescer de forma a comprometer ainda mais sua saúde. “O cisto já estava atrapalhando o meu dia-a-dia e daí com a ressonância magnética o médico me falou da importância da cirurgia. 
Quando fiquei sabendo que seria a primeira a passar por este procedimento me senti muito privilegiada. Agora já estou me recuperando muito bem e não poderia deixar de agradecer a Deus e toda equipe envolvida”. Maria nasceu com o cisto e ao longo do tempo ele foi se desenvolvendo até que, após uma queda, passou a se crescer de forma mais intensa.

O procedimento cirúrgico durou cerca de 30 minutos, dez deles utilizando exclusivamente a nova técnica. Para esse tipo de intervenção o método habitual é a criniotomia descompressiva, que consiste em uma grande incisão craniana para redução imediata de alguma lesão, chegando, em média, a até três horas de procedimento. No caso de hoje, da microcirurgia cerebral endoscópica, é necessária a preparação do médico e a indicação cirúrgica do paciente.

“Além do contato com os pacientes de forma direcional, a utilização desta técnica também influência na parte ergométrica do profissional que está operando, pois não é preciso ficar fazendo movimentos de olhar para o paciente e para o monitor de vídeo em direções diferentes, com o aparelho nas mãos se consegue atingir o mesmo objetivo com menos movimentação”, conclui o médico.

Participaram do procedimento cirúrgico os médicos neurocirurgiões, Dr. Franklin Ennes e Dr. Fernando Kobayashi, além do médico anestesista, enfermeiras, instrumentadora cirúrgica e técnicas de enfermagem.

 

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