OMS alerta que vacina contra vírus Zika pode chegar tarde demais
A vacina é um “imperativo”, especialmente para mulheres grávidas e em idade fértil
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
A vacina é um “imperativo”, especialmente para mulheres grávidas e em idade fértil
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje (9) que uma vacina contra o vírus Zika pode chegar “tarde demais” para ter um impacto real na atual epidemia na América Latina.
“O desenvolvimento das vacinas ainda está em um estágio muito precoce e as opções mais avançadas ainda vão demorar vários meses para serem testadas em humanos”, disse a diretora-geral-adjunta da OMS, Marie-Paule Kieny, acrescentando que “é possível que as vacinas cheguem tarde demais para o atual surto na América Latina”.
Em declarações, dadas ao fim de uma reunião de dois dias sobre a pesquisa relacionada ao vírus, a especialista disse que a vacina é um “imperativo”, especialmente para mulheres grávidas e para mulheres em idade fértil.
No entanto, o diretor do instituto de pesquisa brasileiro Butantan, Jorge Kalil, disse que o processo será lento: “Talvez dentro de três anos tenhamos uma vacina. Três anos, sendo otimista”.
Na reunião, que juntou especialistas e representantes dos países afetados, os cientistas definiram como prioridades o desenvolvimento de testes de diagnóstico, a produção de vacinas para mulheres em idade fértil e a criação de instrumentos de controle vetorial que permitam reduzir a população de mosquitos.
“O vírus Zika leva a uma infecção moderada e quase inofensiva na maioria dos pacientes”, recordou Marie-Paule Kieny, explicando que, por esse motivo, a produção de medicamentos para tratar a infecção “e menos prioritária nesta fase”.
“A necessidade mais premente é o desenvolvimento de instrumentos de diagnóstico e prevenção para preencher a atual lacuna na investigação e para proteger as mulheres grávidas e os seus bebês”, afirmou.
Pesquisa
De acordo com a OMS, 67 empresas e instituições estão atualmente empenhadas em produzir testes, vacinas, medicamentos e produtos para controlar o mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus Zika.
São 31 equipes trabalhando em testes de diagnóstico, 18 focadas no desenvolvimento de vacinas, oito para tratar da doença e 10 no controle do mosquito transmissor, que se encontram em diferentes estágios de desenvolvimento. Até o momento, nenhuma vacina ou medicamento foi testada em humanos.
Segundo a OMS, a comunidade científica “respondeu prontamente” à necessidade de produtos médicos relacionados à infecção por Zika e de medidas inovadoras de controle vetorial.
Em comunicado, a OMS destacou também que a rapidez com que a informação está sendo divulgada entre os países é “um grande avanço em relação à resposta da comunidade científica ao surto de Ébola” que atingiu países da África em 2014 e 2015.
“Embora o desenvolvimento de produtos esteja em fase mais inicial do que o do Ébola”, disse Marie-Paule Kieny, a metodologia e a coordenação entre parceiros “está muito mais avançada, graças às lições aprendidas durante a epidemia de Ébola”.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Bia Ferreira bate francesa e mantém cinturão de campeã mundial de boxe
Após 10 rounds, brasileira venceu em decisão unânime dos juízes
Defesa de Braga Netto nega obstrução nas investigações
Ex-ministro foi preso pela Polícia Federal no Rio de Janeiro
Motociclista desvia de carro, cai em avenida e morre após outro veículo passar por cima de sua cabeça
Rapaz perdeu o equilíbrio ao desviar de um carro e acabou sendo atingido por outro enquanto estava caído no chão
Rapaz é encaminhado para pronto-socorro após ser esfaqueado na Orla Ferroviária em Campo Grande
Após sofrer o ferimento, vítima caminhou até a esquina da Calógeras com a Maracaju, onde pediu socorro a populares
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.