MS vacina 70,7% do público-alvo contra gripe e não alcança meta

411.843 pessoas do chamado público-alvo

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Vacinação a principal forma de combate, mas cuidados como higiene são também importantes, como higiene (Arquivo, Midiamax)

411.843 pessoas do chamado público-alvo

Mato Grosso do Sul não alcançou a meta de vacinar 80% do público-alvo contra gripe durante a campanha que ocorreu do dia 30 de abril até esta sexta-feira (20). De acordo com o Ministério da Saúde, 411.843 pessoas do também chamado grupo de risco foram vacinadas.

O total de doses aplicadas não contabiliza o público alvo com patologias, presos e trabalhadores do sistema prisional. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, foram entregues 722.200 vacinas e a meta em MS era de vacinar 667.922 pessoas.

As pessoas do público-alvo são as com 60 anos ou mais, crianças na faixa etária de seis meses a menores de até 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), os trabalhadores de saúde, os povos indígenas, os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional, profissionais de saúde.

Já a nível nacional, a meta foi atingida e indica que 41,1 milhões de brasileiros (81,5% do público-alvo) já se protegeram contra a doença.

Mortes por gripe

Até agora a gripe já matou 20 pessoas em Mato Grosso do Sul em 2016. Só em Campo Grande, foram 6 mortes por Gripe A e uma por Gripe B. Mesmo assim, as autoridades dizem que as doenças não oferecem risco de surto. Só que a população não pensa assim. Com as recentes mudanças no clima, resfriados e gripes comuns têm levado centenas ao desespero. Faltam vacinas nas clínicas particulares leitos e até remédios.

O Governo de Mato Grosso do Sul emitiu nota nesta sexta-feira (20), dizendo que a Prefeitura de Campo Grande deve se explicar com a população sobre falta de vacinas contra a Gripe A, já que segundo o texto, o executivo repassou para a Capital 8 mil doses a mais que o recomendado pelo Ministério da Saúde.

Estado x Prefeitura da Capital

“Se as autoridades municipais de Campo Grande estão alegando que faltam vacinas contra a gripe H1N1, elas é que precisam explicar à população o motivo pelo qual o público-alvo não recebeu o medicamento, uma vez que a prefeitura recebeu uma quantidade de doses maior do que foi estipulada pelo Ministério da Saúde”, diz o texto.

O Governo alega que documento do Sies (Sistema de Insumos Estratégicos), do Ministério da Saúde, determina que a Capital receba 186.800 doses e que a secretaria estadual entregou para o município 196 mil doses.

Em resposta, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que a determinação do Sies não leva em conta lei municipal e estadual que obriga que profissionais da educação entrem no grupo de risco e também recebam a dose da vacina

Além disso, o município diz que algumas ampola com indicação de 10 ml, na verdade continham 9 ml do produto aplicado, fato que provocou uma quebra de vacina. Ainda de acordo com a Sesau, o próprio Estado detectou a falha na quantidade informada.

Nesta quinta-feira (19), ofício da Prefeitura acionou o MPF na tentativa de conseguir mais 6 mil doses de vacina contra a gripe junto ao Governo Federal. Como justificativa, o município alegou repasse insuficiente do Governo do Estado.

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