Assembleia discute ‘pílula do câncer’ em audiência pública nesta segunda

Evento acontece a partir das 14h

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Evento acontece a partir das 14h

A liberação da substância fosfoetanolamina, a chamada de “pílula do câncer” ou “pílula da USP contra o câncer”, será tema de audiência pública proposta pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira (9), em Campo Grande, a partir das 14h no plenário. O composto sintético tem dado esperança a pessoas em tratamento contra o câncer, já que se mostrou capaz de reduzir ou regredir os efeitos e sintomas nos pacientes oncológicos.

O composto foi autorizado pela Lei 13.269 , no dia 13 de abril, pela presidente Dilma Rousseff e foi desenvolvido no Brasil, nos laboratórios da USP (Universidade de São Paulo), porém não existem comprovações, estudos ou artigos de cunho clínico que comprovem sua eficácia. Como a questão tem gerado inúmeros debates polêmicos, a Assembleia Legislativa espera discutir o assunto de forma ampla com a comunidade. A audiência deve contar com a presença de representantes do MPE (Ministério Público Estadual) e do hospital do câncer Alfredo Abrão, além de outras autoridades. 

O ato assinado pela presidente trouxe ainda algumas regras de uso do “fosfo”, como a obrigatoriedade de apresentação de laudo médico que ateste o diagnóstico de câncer, assinatura de termo de responsavilidade pelo paciente ou responsável, e a questão de que o uso da pílula não anula o direito de acesso à quimioterapia ou outros procedimentos médicos, por exemplo. 

No dia 19 de março de 2016, a assistente social Lucila Cleufa Andrade, 43 anos, morreu após lutar por dez anos contra o câncer, e após ingressar com uma ação na Justiça, em São Carlos (SP), para conseguir tratamento com a substância, porém ela faleceu sem resposta. 

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