Personagens de desenhos animados gordos influenciam crianças a comerem o dobro de alimentos calóricos

Shrek, Homer Simpson e Fred Flintstone estão fazendo as crianças engordarem? Personagens de desenhos animados com excesso de peso encorajam os jovens a devorar junk food , alerta estudo da Universidade de Colorado, nos Estados Unidos. As informações são do Daily Mail.

Os nomes dessas figuras dos cartoons são instantaneamente reconhecidos por gerações que cresceram assistindo a esses programas. Especialistas, porém, alertam que os personagens gordinhos representam risco para a saúde.

Esse é o primeiro estudo do tipo e revelou que as crianças são mais propensas a devorar guloseimas de alto teor calórico, como biscoitos e doces, após assistirem a programas que tenham personagens com excesso de peso, como Homer Simpson. 

As pesquisas indicam que as crianças são as mais sensíveis ao peso de seus ídolos de desenhos animados. Pesquisadores disseram que os jovens tendem a perceber caracteres ovais, como excesso de peso, embora esses personagens não passem de invenções. 

A professora Margaret Campbell, principal autora do estudo, afirmou que pelo fato de a pesquisa ser inédita, nunca havia se observado como esses estereótipos têm efeitos sobre as crianças. “Não tínhamos certeza se as crianças estavam realmente cientes das normas do peso corporal”, disse. “Mas, surpreendentemente, eles aplicam típicos padrões dos humanos aos cartoons”, explica.

Margaret conta ainda que quando as crianças assistem personagens rechonchudos nos desenhos animados, acabam sendo influenciadas a comerem mais alimentos calóricos. “Eles têm uma tendência de comer o dobro de besteiras do que as crianças expostas a uma alimentação saudável”. 

A inclinação para comer junk food foi reduzida quando os jovens foram expostos a comidas mais saudáveis. Margaret dá um exemplo: “antes de olhar para o personagem fortinho de desenho animado, e em seguida tomar o gosto por comer biscoitos, a exposição à comida saudável estimula uma melhor alimentação”.

Quando expostas a opções, como “refrigerante ou leite”, as crianças que tinham prévio conhecimento de comidas saudáveis comiam menos biscoito. “Essa é a informação chave que devemos continuar a pesquisar”, explicou Margaret; “As crianças não necessariamente recorrem ao conhecimento prévio quando estão fazendo decisões, mas se formos capazes de ajudar a acionar os seus conhecimentos de saúde, os jovens vão comer alimentos mais nutritivos”.

Os resultados da equipe, recolhidas a partir de mais de 300 participantes em três grupos de idade média de oito, 12 e 13 anos de idade, têm implicações para os comerciantes e para os pais, conclui a pesquisadora.