Caos no interior pode deixar população sem hospital

Hospital Regional pode parar por causa de déficit de R$ 20 milhões

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Hospital Regional pode parar por causa de déficit de R$ 20 milhões

O município de Aquidauana vive um verdadeiro caos na área de saúde pública, com problemas no Hospital Regional Estácio Muniz, que pode parar de atender com uma possível greve dos médicos. Eles reclamam que estão sem receber salários desde novembro de 2014.

Conforme fontes do setor, o hospital trabalha no limite e há falta de materiais básicos, como gaze e esparadrapo. De acordo com informações do pediatra José Fialho, que faz parte do corpo clínico do hospital, até medicamentos precisam ser substituídos por falta dos de primeira escolha.

“Queremos receber nossos salários, plantões, e que haja uma melhoria na qualidade de trabalho. Estamos trabalhando no limite, e esperamos um posicionamento mais claro por parte da direção do hospital por que não havendo este posicionamento vamos optar pela greve.”, explica o pediatra.

A folha médica mensal gira em torno de R$ 500 mil, a arrecadação do hospital é de R$ 918 mil, sendo R$ 185 mil repassados pelo Governo Estadual e R$ 733 mil pelo Governo Federal. O atraso no pagamento dos médicos, que se arrasta desde novembro chega, a R$ 1,1 milhão, segundo a diretora da unidade, Ana Lucia Alves Côrrea. 

“A situação está caótica porque estamos trabalhando em um período crítico. Pagamos uma folha, e ficamos devendo outra. Não temos nem mais crédito com fornecedores, já que nossa dívida chega a 2 milhões, por isso, tudo que vamos comprar tem que ser à vista.”, explica a diretora.

O Hospital Regional atende toda a microrregião que engloba cinco municípios Anastácio, Dois Irmãos do Burirti, Miranda, Bodoquena e Nioaque, além da macrorregião na questão da ortopedia, que agora está com as cirurgias eletivas paralisadas por falta de estrututura “Estamos atendendo só emergência e urgência. O atendimento está restrito.”, diz Ana Lúcia. 

Segundo Ana Lúcia Alves Côrrea, uma reunião está marcada para esta segunda-feira (26), com o secretário estadual de saúde, Nelson Tavares, médicos, prefeito José Henrique, e vereadores para tentar resolver o problema do hospital. 

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