Enquanto as crianças da sua idade brincavam sem nenhuma preocupação na vida, apenas pensando se queriam ser médicos, professores ou bombeiros, Raphael Brito, aos 11 anos, trabalhava na marcenaria do tio ganhando dez reais por semana.

 

Perdeu o pai com sete anos de idade em virtude de uma parada cardíaca. A morte precoce do pai acabou desestabilizando emocionalmente e financeiramente toda a família. 

A vida simples do garoto de Passos, sul do estado de Minas Gerais, deu uma reviravolta. A mãe começou lavar roupas para outras pessoas para conseguir manter as despesas da casa. “Minha mãe se virava para criar a família sozinha, enquanto eu engrossava o índice das famílias onde crianças da minha idade precisavam trabalhar para complementar a renda familiar”, lembra Brito.

 

Raphael trabalhou como ajudante de borracheiro, marceneiro, garçom, panfleteiro e lavador de carros e chegou até a fazer lanches na madrugada em uma lanchonete.

Aos 15 anos conseguiu o primeiro emprego com carteira assinada. Na época, o interesse em se formalizar no era tão grande, que pediu à mãe para ser emancipado para poder ser registrado em um serviço de office boy. Trabalhando, tentava conciliar seu tempo com os estudos em uma escola militar.

 

Depois do serviço como office boy conseguiu um emprego como carregador de malas em um hotel da cidade. O trabalho no hotel despertou o interesse pela área de vendas quando conheceu um homem que vendia queijos e doces. Alguns meses depois percebeu que o vendedor de queijos estava com uma boa condição financeira, com caminhonete própria e uma melhor condição de vida. Ao questionar a fonte do milagre recebeu a resposta que o setor de vendas era a melhor oportunidade para melhorar de vida.

 

Raphael Brito seguiu carregando malas em seu trabalho no hotel. Quando num belo dia surgiu uma outra oportunidade que ele não deixou passar, passou a conciliar o emprego de carregador de malas com outro, agora no setor técnico de uma loja de informática da sua cidade. E foi assim que, após três meses, quando uma funcionária faltou ao trabalho, que Raphael abraçou a oportunidade de mostrar sua capacidade de vendas sendo promovido para o cargo de vendedor.

 

“Eu já havia vendido muitas coisas na vida. Sempre fui um bom comerciante, sempre me comuniquei bem e cheguei até a vender Cd's e Dvd's pelas ruas da cidade. Mas aquela oportunidade na loja de informática era a minha primeira experiência formal com vendas.”

 

O tempo foi passando, e Brito aprendeu muito sobre vendas. A pequena loja de informática que ele começou como técnico e depois como vendedor, vendia aproximadamente 20 mil reais por mês quando ele assumiu as vendas. 

Quando deixou, vendia mais de 200 mil. Foi um salto expressivo no faturamento do negócio, mas com o tempo Brito viu que não tinha mais para onde crescer naquela loja. Foi então que Brito deu outro passo ousado na sua vida, o passo que o levaria a empreender mais tarde.

“Tomei a decisão de investir no meu sonho de criança. Eu sonhava em ser piloto de avião. Isso mesmo! Então vendi a casa que meu pai tinha deixado de herança para pagar o curso de piloto e com minha parte fiquei um ano estudando. Depois do curso acabei conhecendo o dono de uma empresa de que me prometeu trabalho como piloto no avião da empresa. O único problema era que a empresa ainda não tinha avião e eu teria que ficar ajudando no setor de vendas. Fui conhecendo novos projetos relacionados à energia sustentável e aos poucos o sonho do Raphael piloto foi dando lugar a um outro sonho: o Raphael empreendedor. Continuei vendendo até perceber que a empresa não tinha futuro e que eu nunca seria o piloto. Assim tomei a atitude de abrir o meu próprio negócio”, conta Brito.

 

Com 21 anos e pouco dinheiro para investir, Raphael Brito, em sociedade com um amigo, criou a Solarprime. Com o dinheiro da venda de um telefone celular abastecia o carro para oferecer o produto para clientes da região e após meses de tentativas conseguiu realizar a primeira venda como empresário. Depois de um tempo de empresa os resultados começam a aparecer. “O nosso objetivo era expandir e aproveitar o crescimento de um mercado que ainda estava só no começo. Foi aí que pensamos em transformar o negócio em uma franquia, mas o investimento em consultoria ficava em cem mil reais e como a gente não tinha esse dinheiro oferecemos 33,33% da empresa em troca do trabalho. Com ajuda especializada a Solarprime começou a crescer chamando a atenção de franqueados de todo Brasil. A franquia custava sete mil reais e os franqueados precisavam pagar só 5% de royalties sobre as vendas, o que já era um valor pequeno para tudo que oferecíamos como suporte.”, conta Brito.

 

Hoje a marca conta com 450 franquias com sedes em todos os Estados e gera empregos para cerca de 2.700 pessoas, direta e indiretamente. No ano de 2021 alcançou um crescimento de 48% em relação a 2020 faturando 220 milhões de reais. Durante as restrições da pandemia foram inauguradas 120 unidades e a expectativa é atingir 700 franquias e o faturamento de 380 milhões de reais em 2022. Para acompanhar mais sobre o trabalho de Raphael Brito seu é www.instagram.com/raphaelb2/ e o site do seu negócio é www.solarprime.com.br .

*Esta é uma página de autoria de VARIEDADES ASSESSORIA JC MKT e não faz parte do conteúdo jornalístico do MIDIAMAX.