A superlotação em ônibus da linha entre Campo Grande e o distrito de Anhanduí virou alvo de denúncia formal após fiscalização feita pela vereadora Luiza Ribeiro (PT). A parlamentar usou o transporte coletivo para verificar pessoalmente as condições enfrentadas pelos passageiros e relatou “sofrimento desumano” em um trajeto de 56 km via BR-163, feito com pessoas em pé, incluindo idosos.
Segundo Luiza, o ônibus utilizado faz parte do Consórcio Guaicurus, que opera linhas regulares e está sob a mira de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara de Vereadores.
A parlamentar relatou ao Jornal Midiamax que embarcou no coletivo no horário das 15h50, na sexta-feira (16), e destacou que, mesmo em um dia de menor fluxo, o veículo já saiu da Capital lotado.
“Na segunda, na terça, no dia que os aposentados recebem — porque lá não tem banco —, é um trânsito muito grande de pessoas em pé na rodovia [por] 56 quilômetros. É muito sofrimento. Então, isso a gente não pode permitir”, defendeu.
Ela alertou para o risco que a superlotação representa aos passageiros, especialmente por se tratar de uma linha intermunicipal feita por rodovia. Luiza cobrou providências da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e acusou o diretor-presidente da autarquia de prevaricação por não agir diante das irregularidades, a quem ela defende o imediato afastamento do cargo.
“A prefeita pode ser responsabilizada se não tomar providências”, alertou.
A vereadora levou a denúncia à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal. Segundo ela, a PRF irá comunicar a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) sobre o caso e também deve acionar a Agetran para que a fiscalização seja reforçada.
“Nosso objetivo não é punir ninguém ou paralisar a linha. O que queremos é que o transporte coletivo obedeça à lei e seja digno”, acrescentou. A parlamentar ainda defende maior disponibilidade de veículos na linha, de modo a garantir que se resolva o problema da superlotação.
***