Malária é causa de uma morte por ano em Mato grosso do Sul desde 2022
Morte de missionária de Chapadão do Sul no último domingo (19) se soma às registradas em Três Lagoas (2024), Dourados (2023) e Iguatemi (2022)
Osvaldo Sato –
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Desde 2022, a malária é causa de uma morte anual em Mato Grosso do Sul. Apesar de ser uma doença tratável, o diagnóstico tardio e a falta de familiaridade de profissionais de saúde fora de regiões endêmicas com o quadro da doença acaba contribuindo para essa fatalidade.
O caso mais recente ocorreu no último domingo (19) com a morte da missionária Lucinéia Santos, de 31 anos, natural de Chapadão do Sul. Ela faleceu em Angola, no sul da África, após contrair a doença durante uma missão de trabalho evangelizador e ajuda humanitária. Lucinéia chegou a passar por hemodiálise, mas não resistiu a uma parada cardiorrespiratória durante o tratamento.
Em 2024, outro óbito foi registrado em Três Lagoas, também vitimando uma missionária cristã. Uma mulher de 41 anos, residente do município, contraiu a doença após retornar de uma viagem à Nigéria. Ela apresentou os primeiros sintomas em 18 de setembro de 2024, mas mesmo com o tratamento imediato após a confirmação do diagnóstico, faleceu em 2 de outubro do mesmo ano.
Nos anos anteriores, 2023 e 2022, ocorreram mortes pela mesma causa nos municípios de Dourados e Iguatemi, respectivamente. Em Dourados, a vítima foi um pastor da IBBN (Igreja Batista Boas Novas), que contraiu a doença durante viagem missionária à Moçambique.
Casos nos últimos 10 anos
Dados da Secretaria de Estado de Saúde mostram que, em uma série histórica de dez anos, confirmou 94 casos de malária em MS, todos importados de regiões endêmicas. O ano de 2021 teve o maior número de registros, com 17 casos. Em 2024, foram três casos.
Embora a malária no Brasil seja mais prevalente na região amazônica, casos isolados ocorrem em outras regiões, frequentemente vinculados a viagens internacionais ou à migração de populações vindas de áreas endêmicas.
A transmissão se dá pela picada de mosquitos infectados do gênero Anopheles. O protozoário Plasmodium falciparum é o principal responsável pelos casos mais graves e fatais.
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