Maioria dos deputados federais de Mato Grosso do Sul votou a favor do projeto contra novo decreto do governo Lula sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Beto Pereira (PSDB), Dagoberto Nogueira (PSDB), Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon (PL), Rodolfo Nogueira (PL) e Geraldo Resende (PSDB) votaram a favor da derrubada. Somente os petistas Vander Loubet e Camila Jara foram contra.
Por 383 votos a 98, o plenário da Câmara derrubou os decretos do novo IOF. Sessão ocorreu de forma semipresencial, em meio a uma semana esvaziada no Congresso com o rescaldo das festas de São João.
O texto agora vai ao Senado. O presidente da Casa Alta, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), chegou a afirmar que os senadores poderiam votar ainda nesta quarta-feira (25) o PDL. Ele condicionou a análise, porém, à apreciação pela Câmara. “Se a Câmara votar, a gente vota”, disse Alcolumbre a jornalistas ao chegar no Congresso, durante a tarde.
O fato de Motta ter pautado o PDL surpreendeu os líderes de bancadas nesta quarta, 24. A oposição sustentava que o presidente da Câmara havia deixado claro que esperava o governo reagir à aprovação da urgência para o PDL, mas não houve a resposta esperada. Já deputados da base consideram que o projeto é uma tentativa de inviabilizar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), a derrubada do decreto do IOF implicará em um contingenciamento de R$ 12 bi.
Durante a apreciação do texto, que durou quase três horas e meia, o PT tentou retirar o tema de pauta, mas acabou frustrado. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), fez uma fala inflamada em defesa do decreto, argumentando que deputados que votarem pela derrubada do aumento do IOF estariam “prestando um desserviço ao Brasil”.
O anúncio de que o PDL seria apreciado na Câmara foi feito por Motta no X no final da noite desta terça, 24. O relator do projeto só foi designado nesta quarta: o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) — cuja designação foi vista por governistas como uma provocação. Em seu parecer, o deputado escreveu que “a cobrança de tributos pelo Estado, apesar de necessária à sua estruturação e prestação de serviços públicos dele demandados, representa uma forma de agressão ao patrimônio e à liberdade dos indivíduos”.
Na visão do parlamentar, os decretos do governo sobre o IOF buscaram “remediar os previsíveis reveses provenientes de um governo que evita a todo custo promover o ajuste fiscal por meio da contenção de gastos”. Chrisóstomo afirmou ainda que o governo, apesar de classificar o aumento do IOF como medida “indispensável” para o alcance das metas orçamentárias, “se mostra pouco aguerrido ao combate aos obscuros benefícios fiscais e aos supersalários do funcionalismo”. (Informações da Agência Estado)
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