Arte com lápis de cor e em stop motion homenageia fotógrafa de MS apaixonada pelo Pantanal

Artesã fez desenhos em vários papéis e deu movimento, como se fotógrafa estivesse caminhando no Pantanal

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(Instagram/Reprodução)

Nascida e criada em Corumbá, Alicce Rodrigues, de 26 anos, somente saiu da terrinha para realizar um antigo sonho: estudar em uma universidade pública e se tornar jornalista. Como os pais se mudaram para Campo Grande, ela seguiu o mesmo caminho e aqui se tornou repórter fotográfica. Só que vira e mexe o trabalho e a saudade a levam novamente ao pantanal sul-mato-grossense, fazendo, inclusive, o seu trabalho ser reconhecido e ela ganhar uma homenagem inusitada.

“Eu nunca tive vontade de sair de lá, sinto saudade de Corumbá sempre, mas, tive oportunidades que talvez não teria estando lá, então, sou muito grata sempre. E aqui me tornei fotógrafa, trabalhando no jornal diário e para profissionais da UFMS [Universidade Federal de Mato Grosso do Sul], que fazem pesquisa no Pantanal, então, sempre estou por lá, fotografando sempre”, comentou Alicce.

Comunidade ribeirinha do Pantanal (Alicce Rodrigues/Arquivo Pessoal)

Quando criança, ela lembra que tinha uma cybershot em casa e fotografava “tudo e todos”. “Sempre que tinham aniversários, dos meus sobrinhos, ainda bebês, eu tirava fotos. Só que nunca pensei em levar isto pra frente, mas, segui levando esta paixão e tive oportunidade de fazer trabalhos fotográficos dentro da faculdade de jornalismo, usando equipamentos emprestados do curso e aí tudo aconteceu”, relembrou a profissional.

No início, diz que registrava mais o pôr do sol, porém, no ano de 2022, passou a atuar em projetos da UFMS, os quais monitoram o Pantanal.

“Foi nestas experiências mais mais profundas que tive um real contato com paisagem pantaneira, a fauna, vegetação, comunidades tradicionais e com trabalhos cientificos que são desenvolvidos lá”, explicou.

Imagens registradas em 2024, no Pantanal de MS (Alicce Rodrigues/Arquivo Pessoal)

Assim, postando algumas imagens nas redes sociais, Alicce tornou o seu trabalho conhecido e recebeu homenagens de quem nem imaginava.

“A Loren é uma mulher trans, que possui várias artes, algumas de protesto inclusive, que faz aqui na cidade. É uma pessoa bem engajada e volta e meia faz alguma arte para homenagear alguém. E o mais incrível é que ela faz tudo de lápis de cor, que até parecem ser feitas pelo computador, daí ela cria vídeos no estilo stop motion, que dá uma sensação de movimento, de estar contando uma história”, disse.

Ao se conhecerem, Alicce disse que a fotografou em alguns momentos e jamais imaginou ganhar uma homenagem por parte dela. “Eu a registrei em algumas manifestações e agora ela fez estes desenhos meus, mostrando a minha relação com o Pantanal. Eu não sabia de nada. Ela fez e me marcou no Instagram e fiquei muito feliz com o carinho, vindo de uma pessoa maravilhosa”, comentou.

Pantanal sul-mato-grossense (Alicce Rodrigues/Arquivo Pessoal)

A artesã Loren Preta, de 45 anos, que trabalha de forma autônoma, disse que demorou algumas horas para executar o trabalho e decidiu fazer por ser fã do trabalho da fotógrafa.

“Como eu faço no lápis de cor demorou algumas horas, tem desenhos dos mais simples aos mais sofisticados. Eu faço em desenhos em diferentes papéis e com posições diferentes, depois eu gravo em quadro a quadro cada um”, finalizou.

Confira aqui como ficou a arte feita no lápis de cor e em stop motion:

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Uma publicação compartilhada por Loren Berlin (@lorenartesa)

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