Paraguai quer ampliar presença de militares na fronteira com o Brasil

Em reposta contrária ao pedido de comerciantes que defendem a adoção de medidas mais flexíveis, principalmente na linha internacional entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, o presidente do Paraguai Mario Abdo Benítez afirmou que pretende ampliar ainda mais o número de militares nas regiões de fronteira. A contrário do discurso adotado pelo colega Jair […]

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Em reposta contrária ao pedido de comerciantes que defendem a adoção de medidas mais flexíveis, principalmente na linha internacional entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, o presidente do Paraguai Mario Abdo Benítez afirmou que pretende ampliar ainda mais o número de militares nas regiões de fronteira.

A contrário do discurso adotado pelo colega Jair Bolsonaro, que continua insistindo no fim do isolamento, Mario Abdo até admite uma certa flexibilização, desde que esteja dentro de uma proposta do que ele chamou de “quarentena inteligente” e que não possa comprometer as medidas de isolamento já adotadas e que vem dando resultados no Paraguai.

Segundo o presidente paraguaio, a situação atual do Brasil não permite recuo e ainda requer cuidados extremos. “É uma questão que já estamos discutindo diplomaticamente com o Brasil para que eles também nos ajudem, considerando que no Brasil há uma forte disseminação do vírus”.

Nesse sentido, ele reconheceu que a fronteira com o Brasil é um local vulnerável, daí a necessidade de reforçar os controles com presença militar, para impedir a entrada maciça de pessoas que podem trazer a doença.

Em outro momento, ele sustentou que “as decisões tomadas foram pontuais” e enfatizou que, graças a isso, o sistema de saúde poderia ser fortalecido e os programas de contenção social promovidos, de acordo com informações do Capitan Bado.

“Fizemos isso com base em duas estratégias, primeiro para proteger a vida de nossos compatriotas, e segundo, para gerar um forte impacto de choque para a consciência do cidadão, porque essa é uma ferramenta mais importante que a força coercitiva”, afirmou.

Mais uma vez, o presidente defendeu que a quarentena inteligente não se torna um momento de relaxamento, mas de “inteligência”, para medir o comportamento do cidadão diariamente, com o objetivo de avançar para as próximas fases para permitir o reinício do trabalho em mais setores.

“Devemos continuar com essa solidariedade, porque talvez aqueles que terão a oportunidade de reiniciar suas atividades econômicas nesta segunda-feira tenham que ser solidários com aqueles que esperam também iniciar suas atividades na segunda fase, o que faremos com base nas medidas”, disse ele.

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