Velório de Marcelo Yuka tem músicas cantadas em coro em homenagem ao artista
O corpo do músico e compositor Marcelo Yuka foi velado neste sábado (19) na Sala Cecília Meireles, na Lapa, Rio de Janeiro. O artista morreu na noite de sexta (18), após complicações de um AVC. O enterro está marcado para este domingo (20), às 13h, no cemitério de Campo Grande. Amigos, fãs e parentes cantaram sucessos do […]
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O corpo do músico e compositor Marcelo Yuka foi velado neste sábado (19) na Sala Cecília Meireles, na Lapa, Rio de Janeiro. O artista morreu na noite de sexta (18), após complicações de um AVC. O enterro está marcado para este domingo (20), às 13h, no cemitério de Campo Grande.
Amigos, fãs e parentes cantaram sucessos do grupo O Rappa – que Yuka fundou –, como “Hey Joe”, “Minha alma” e “O que sobrou do céu”.
“Conhecia o Yuka desde 1989. Lembro de nós dois sentados aqui na Lapa, no início da década de 1990, comendo cachorro-quente e conversando sobre como poderíamos mudar esta cidade, muito antes do Rappa e do Planet Hemp”, disse o músico Marcelo D2. “Em um momento tão escuro quanto este em que vivemos, com tanta violência, o Yuka nos ensinou a espalhar amor.”
“É uma perda imensa para todos nós. Para todos que se preocupam mais em fazer arte que dinheiro. Para todos que se importam com os menos favorecidos, como ele sempre foi”, disse Djalma Santos, pai de Yuka.
Na porta do velório, o artista Marcondes Rocco, de 42 anos, pintava um quadro com a rosto do artista. O quadro foi entregue a familiares. “As letras dele mostram que sempre podemos ir além de onde estamos. Que podemos superar qualquer barreira social. Pretendo entregar este quadro à família como forma de agradecimento pelo bem que as músicas dele me fizeram”, disse Rocco.
Durante o velório, amigos cantaram canções do Rappa, como “Pescador de iluões”, “O que sobrou do céu”, “Minha alma” e “Hey Joe”, versão da banda para a canção de Jimi Hendrix e, na tarde deste sábado, interpretada por Ivo Meireles.
A reportagem do G1 saiu do velório às 19h. Até aquele momento, nenhum dos ex-colegas de banda de Yuka haviam comparecido ao local. A ausência era esperada – a saída de Yuka do Rappa foi amarga e deixou marcas permanentes em todos os envolvidos. No documetário “Marcelo Yuka no caminho das setas”. O próprio músico descreve a situação na biografia “Não se preocupe comigo – Marcelo Yuka”, lançada em 2014 e escrita por Bruno Levinson.
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