Judeus e muçulmanos falam em medo, mas pregam união em Paris
O ato ganhou repúdio de judeus, muçulmanos e cristãos no dia seguinte
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O ato ganhou repúdio de judeus, muçulmanos e cristãos no dia seguinte
“Eu sou Charlie”, “eu sou judeu”, “eu sou francês”. Cartazes com as três frases amanheceram em meio a flores nas proximidades do supermercado judaicoHyper Cacher, em Porte des Vincennes, no leste de Paris, onde um terrorista e quatro reféns foram mortos em um sequestro na sexta-feira.
O ato, considerado antissemita, ganhou repúdio de judeus, muçulmanos e cristãos no dia seguinte, que foram ao local do crime manifestar a união da comunidade.
O autor do crime, Amedy Coulibaly, disse ter agido em sincronia com os irmãos Said e Cherif Kouachi, identificados como autores do massacre na redação da revista Charlie Hebdo. A ação atribuída por Coulibaly, a missão para a rede terrorista Al-Qaeda, é considerada pela comunidade local como um ato extremista, e não de crença religiosa.
“Tenho medo que por causa de algumas pessoas que fazem esse tipo de ato… Não são os muçulmanos que fizeram isso, foram terroristas, foram bárbaros. Tenho medo que as pessoas pensam que os muçulmanos sejam selvagens. A religião muçulmana é muito tolerante”, disse Jamel Boubane, 50 anos.
A região de Porte des Vincennes é considerada tranquila pelos moradores, onde judeus, cristãos e muçulmanos convivem pacificamente.
Vizinho do supermercado, o jovem judeu Noah Fitoussi presenciou a situação que levou à morte dos reféns e do terrorista.
“Foi horrível, parece que estávamos em um filme. Foi um choque”, disse. Mesmo assim, acredita na união e que a comunidade não deve ser afetada. “No nosso bairro, todo mundo vive junto. Não entendo que por causa dessa barbárie na França temos que parar com isso tudo”, observou. “Mas claro que fico com medo! Podem atacar qualquer coisa. Podem atacar uma escola judia”, acrescentou.
Muçulmano de Mali salvou reféns
Segundo reportagem do canal BMFTV, um dos heróis do sequestro é um funcionário do mercado judeu, Lassana Bathily, um muçulmano do Mali.
Ele protegeu clientes em uma sala fria do estabelecimento, durante a invasão do terrorista.
“Desci ao congelador, abri a porta e muitas pessoas entraram comigo. Apaguei a luz e o congelador. Coloquei-os lá dentro e disse: fiquem calmos, vou sair. Quando eles saíram, vieram me agradecer”, disse o funcionário ao canal de TV.
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