População sofre por falta de asfalto em época de estiagem na Capital

O forte calor e a falta de chuva é uma combinação que tem prejudicado os moradores de Campo Grande, a população que vive em bairros sem pavimentação asfaltica reclama ainda mais da situação. De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, alertas de intenso calor foram emitidos para a Defesa Civil de Mato Grosso do Sul. […]

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O forte calor e a falta de chuva é uma combinação que tem prejudicado os moradores de Campo Grande, a população que vive em bairros sem pavimentação asfaltica reclama ainda mais da situação. De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, alertas de intenso calor foram emitidos para a Defesa Civil de Mato Grosso do Sul.

De acordo com Abrahão, uma massa de ar quente e seco está atuando fortemente e criando um bloqueio atmosférico impedindo avanço da frente fria no sul do país. A umidade relativa do ar na Capital chegou a 27% nesta quinta-feira (9), a pior registrada no Estado foi de 16% em Porto Murtinho, Rio Verde, Altinópolis e Coxim, a sensação térmica nesses municípios chegou aos 43ºC.

Ainda de acordo com o meteorologista, as condições não mudam e devem permanecer assim pelo menos até o dia 15 de outubro. A recomendação dos médicos é que a população ingira muito líquido e evite praticar atividade física nos períodos de maior incidência, das 10h às 15h.

De acordo com a pneumologista, Andrea Cunha, outra atitude importante para manter a saúde é evitar a mudança brusca de temperatura. “Ao sair de um carro ou de uma sala com ar-condicionado o melhor é aumentar a temperatura do aparelho para não ter uma mudança muito brusca”, disse.

Para aqueles que trabalham exposto ao sol a dica é usar roupas com manga longa e chapéu, em casa é bom utilizar umidificador de ar ou então bacia e toalha molhada. “O umidificador de ar não pode ter água reaproveitada, tem que trocar todo dia e também é importante abrir as portas e janelas para não criar mofo. Quem não pode comprar pode usar uma bacia e toalha molhada”, garantiu.

A alimentação também tem influência e segundo a médica é importante evitar muita fritura ou comida pesada, ainda de acordo com a médica o tereré não substitui a água. “O tereré hidrata muito, mas não é totalmente isento de complicação. Tem um teor alto de cafeína, não substitui a água, mas tem suas qualidades”, afirmou.

Para a diarista, Luciana Vergílio, de 28 anos, que mora no Jardim Noroeste em uma rua sem pavimentação, a situação está cada vez pior. “Eu tenho dois filhos e estou grávida, é ruim para mim e para eles. Fico molhando a varanda e a noite coloco bacia com água para vê se melhora”, contou.

Luciana acredita que se a rua fosse asfaltada a situação seria melhor nessa época do ano, ela afirma que o filho mais novo sofre com a poeira e com a falta de umidade. “Quando está calor fica a poeira e quando chove vira barro. Se Deus quiser eles vão asfalta essa rua”, acredita.

O idoso Pedro Alcântara, de 89 anos, morador do Jardim Noroeste, também acredita que a situação ficaria melhor se o bairro fosse todo asfaltado. “Moro desde que começou a vila, há mais de 10 anos, se tirar a terra melhora muito porque quando venta vem uma poeira aqui. Os políticos têm que pensar que também somos gente”, pediu.

O alergista Roni Marques informou que pessoas que tem alergia sofrem mais com o problema. “A temperatura não é problema, o problema é a umidade baixa. Com a umidade baixa resseca a mucosa nasal”, relatou.

Outro problema para quem tem alergia, de acordo com médico, é a falta de tratamento no SUS (Sistema Único de Saúde). “Não tem tratamento de alergia no SUS, quem não pode pagar tem que recorrer a outros mecanismos”, concluiu. Os mecanismos são: toalha molhada, bacia com grande superfície, soro fisiológico, umidificador de ar.

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