Unaids diz que HIV mata 1,7 milhão por ano por falta de tratamento
Diretor-executivo da agência da ONU afirmou que apenas 28% das crianças estão recebendo tratamento; doença ainda lidera causa de mortes de mulheres jovens no mundo. O diretor-executivo do Programa Conjunto sobre HIV/Aids, Unaids, Michel Sidibé, afirmou, nesta quinta-feira, que a doença mata 1,7 milhão de pessoas, anualmente, por falta de acesso ao tratamento no mundo. […]
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Diretor-executivo da agência da ONU afirmou que apenas 28% das crianças estão recebendo tratamento; doença ainda lidera causa de mortes de mulheres jovens no mundo.
O diretor-executivo do Programa Conjunto sobre HIV/Aids, Unaids, Michel Sidibé, afirmou, nesta quinta-feira, que a doença mata 1,7 milhão de pessoas, anualmente, por falta de acesso ao tratamento no mundo.
A declaração foi feita num discurso no Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça.
Avanços
Sidibé afirmou que o mundo está hoje a meio caminho para acabar e reverter a epidemia da Aids. Ele cita que os países estão disponibilizando mais verbas para o combate ao HIV, as promessas de doações estão sendo mantidas e as descobertas científicas estão acontecendo rapidamente.
O chefe do Unaids lembrou que o acesso ao tratamento da Aids saiu do zero, em 1996, para mais de 8 milhões de pessoas até o final de 2011. Segundo ele, a África do Sul aumentou em cinco anos a expectativa de vida para os doentes.
Tratamento
Apesar do progresso, Sidibé alertou que apenas 28% das crianças contaminadas com o HIV recebem tratamento. Ele disse em países pobres, ao contrário dos ricos, bebês continuam nascendo infectados com o vírus. Filhos de mães soropositivas têm a chance de nascer sem HIV caso a mãe tome os antiretrovirais durante a gravidez para evitar a chamada contaminação vertical.
O diretor-executivo afirmou que a Aids ainda é a maior causa de morte entre as mulheres jovens em todo o mundo. Segundo ele, ainda se luta contra o preconceito, a discriminação, a exclusão e a criminalização por todas as partes.
Legado
Sidibé disse que acabar com a Aids é um legado dos direitos humanos para todos. Para ele, a vitória contra a doença vai inspirar a sociedade civil, os governos e parceiros a lidar com outros desafios complexos do século 21.
O chefe do Unaids pediu ao Conselho dos Direitos Humanos para que todos trabalhem juntos para pôr um fim à Aids.
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