Seminário Nacional discute o papel da irrigação no enfrentamento à seca em MG

Longos períodos de estiagem é um dos desafios que precisa ser enfrentado pelos agricultores de todo país com uso de técnicas adaptadas à realidade. O papel da irrigação como instrumento importante no enfrentamento à seca será debatido durante o II Seminário Nacional de Agricultura Irrigada e Desenvolvimento Sustentável que irá acontecer nos dias 6 e […]

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Longos períodos de estiagem é um dos desafios que precisa ser enfrentado pelos agricultores de todo país com uso de técnicas adaptadas à realidade. O papel da irrigação como instrumento importante no enfrentamento à seca será debatido durante o II Seminário Nacional de Agricultura Irrigada e Desenvolvimento Sustentável que irá acontecer nos dias 6 e 7 de junho. Belo Horizonte.

Para o secretário-adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Paulo Romano um dos desafios é o desenvolvimento da agricultura irrigada para auxiliar na convivência com a estiagem. Um deles é desenvolver tecnologias adaptadas à realidade do seminário para plantas menos exigentes em água. Também é necessário investir em técnicas de irrigação de irrigação de baixo custo e de alta eficiência na aplicação da água.

Paulo Romano explica que, para garantir a irrigação no semiárido, a reservação da água das chuvas é fundamental (em média 600 mm/ano, ou seja, 600 litros de água por cada metro quadrado por ano): “A escassez natural da água nos chama atenção para o cuidado extremo com o momento nobre que ela é oferecida, em forma de chuva. Há que se guardar e conservar a água antes de tudo”. “Para isso existem várias tecnologias como reservatórios de pequeno, médio e grande porte ou, ainda, as tecnologias sociais como a construção de cisternas, barraginhas, dentre outras”, complementa.

Segundo o representante do Governo de Minas Gerais, uma vez reservada à água, a irrigação vem como uma das melhores formas de utilizar esse recurso, pois além de garantir a segurança alimentar das famílias pode gerar renda com a venda dos excedentes. “Em visita recente à Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), com dois anos sem chuva, observei -pequenos oásis’ onde as famílias iniciaram pequena produção hortícola e também de forragem para seus rebanhos a partir de pequenos poços”, ressalta.

Um dos métodos de irrigação mais eficientes é a técnica localizada por microaspersão ou gotejamento. Esse processo se caracteriza, principalmente, pela aplicação da água próximo às raízes das plantas, o que garante uma eficiência em torno de 95%.

O Seminário Nacional de Agricultura Irrigada e Desenvolvimento Sustentável faz parte da programação da Expoagro. O evento vai reunir formuladores de políticas agrícolas e agroindustriais, representantes de instituições públicas e privadas, além de produtores e demais agentes envolvidos com os temas do setor.

A programação conta com painéis e debates com a participação de especialistas do setor. Entre os assuntos a serem debatidos estão a Política Nacional de Irrigação, sancionada pela presidenta da República, Dilma Rousseff, em janeiro deste ano. Além disso, estão na pauta as possibilidades para a expansão do potencial nacional para a agricultura irrigada, que chega a 30 milhões de hectares.

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