Fotógrafo que ficou cego em protesto pede R$ 1,2 mi de indenização
O fotógrafo Sérgio Andrade Silva, 31, entrou nesta semana com um pedido de indenização no valor de R$ 1,2 milhão contra o governo do Estado. Ele ficou cego de um dos olhos ao ser atingido por uma bala de borracha durante um protesto, na capital paulista, em junho. Silva acompanhava a manifestação ocorrida em 13 […]
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O fotógrafo Sérgio Andrade Silva, 31, entrou nesta semana com um pedido de indenização no valor de R$ 1,2 milhão contra o governo do Estado. Ele ficou cego de um dos olhos ao ser atingido por uma bala de borracha durante um protesto, na capital paulista, em junho.
Silva acompanhava a manifestação ocorrida em 13 de junho a trabalho, estando a serviço da agência Futura Press. Na ocasião, o comandante-geral da Polícia Militar, Benedito Roberto Meira, disse que os ferimentos são “riscos da profissão” durante coberturas de manifestações.
De acordo com o processo, o valor pedido seria por conta de dano moral, dano estético e dano material. Ele também pede uma pensão mensal de R$ 2.350,05, acrescido de R$ 316,05 para custeios médicos.
Segundo o advogado Paulo Sérgio Leite Fernandes, que representa o fotógrafo, o processo também pedia o pagamento antecipado de R$ 3.894,67 para as despesas médicas que ele teve até agora, mas o pedido foi indeferido ontem pelo juiz Henrique Rodrigueiro Clavisio, da 10ª Vara da Fazenda Pública.
“Ele é um fotógrafo pobre e o nome dele vai para o Serasa. Os R$ 3.800 correspondem ao pagamento do Hospital Nove de Julho”, afirmou o advogado, que já encaminhou ao Tribunal de Justiça um agravo contra a decisão do juiz. O pedido de indenização ainda não foi julgado.
Na decisão o juiz afirma que não pode conceder a tutela antecipada por não haver ainda provas inequívocas da culpa do Estado no acidente que levou a perda de visão do fotógrafo. “Não superada a questão legal referida, não se pode desde logo se impor obrigação de pagar ao Estado”, diz.
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