Adolescente é apreendido e confessa ter matado jovem na Virada Cultural em SP

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Adolescente é apreendido e confessa ter matado jovem na Virada Cultural em SP

Á Policia Civil de São Paulo informou neste sábado (25) que identificou e deteve duas pessoas acusadas de participação na morte do balconista Elias Martins Morais Neto, de 19 anos, assassinado com um tiro na cabeça depois de ser assaltado na Virada Cultural, no centro da cidade, na semana passada.

Um dos suspeitos é um adolescente de 17 anos, que já foi apreendido 12 vezes por outros crimes e é enteado de um policial militar. Segundo o delegado seccional do Centro, Kleber Altale, o menor e o cabeleireiro Renan Alves de Souza Costa, de 22 anos, estavam participando e arrastões durante a virada – o registro oficial da Prefeitura deu conta de 12 crimes desse tipo – e aproveitaram para assaltar Morais, que estava com a mulher e um casal de amigos.

 “Eles foram presos com 17 chips de telefones celulares”, disse o delegado. Usando a arma, a dupla rendeu os dois casais e levou as bolsas das mulheres. Na hora, o balconista levou uma coronhada na cabeça mas, segundo a polícia, teve a impressão de que a arma era de brinquedo. Por isso, decidiu perseguir a dupla.

 Imagens de câmeras de segurança instaladas na rua Aurora, no centro, obtidas pela polícia, mostram o momento em que o adolescente se desfaz da bolsa da mulher de Morais. Ele ficou com o celular da vítima, no entanto. As mesmas imagens mostram o rapaz passando correndo, instantes depois, seguindo na direção da dupla.

Os acusados, no entanto, se separaram. Costa virou à direita ao chegar na avenida Rio Branco. O menor andou no sentido da avenida Duque de Caxias, armado. Morais optou por seguir o menor. “Quando eles se encontraram, entraram em luta corporal e o rapaz terminou baleado”, disse o delegado Altale.

Prisão

 Na noite de sábado (25), após colher outras informações e localizar o endereço dos suspeitos, policiais de duas delegacias da cidade seguiram para a região de Pirituba. O menor foi encontrado em uma viela do bairro – o endereço exato não foi fornecido pela polícia ao Estado. O cabeleireiro Costa foi localizado na casa da sogra, no mesmo bairro.

A polícia disse ainda que Costa tinha munição para revólver calibre 32 na casa e que ele também vai responder por porte ilegal de munição. Mas não confirmou se esse é o calibre das balas que atingiram Morais. Ainda segundo o delegado Vieira, o menor disse que a arma usada no crime foi jogada pela janela do ônibus em que o rapaz fugiu.

 “Ele não quis de forma nenhuma dizer como conseguiu a arma”, afirmou o delegado. Confissão Após serem detidos, os dois rapazes foram interrogados e, segundo a polícia, confessaram o crime. A confissão do menor só ocorreu, de acordo com o delegado seccional da Sé, depois de o padrasto do garoto, policial militar da ativa, comparecer à delegacia e convencer o rapaz a falar a verdade.

“Ele colaborou muito”, disse o delegado, sem identificar o colega militar nem dizer se ele trabalha em algum batalhão da capital. A reportagem não teve acesso aos acusados nem a familiares ou advogados que pudessem confirmar ou contestar as informações repassadas pela Polícia Civil.

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