Tesouro capta US$ 825 milhões no exterior com emissão de títulos

O Tesouro Nacional captou US$ 825 milhões de investidores norte-americanos, europeus e asiáticos com taxa de juros de 3,449% ao ano – o menor valor da história para emissões no exterior. O dinheiro veio da emissão de títulos da dívida externa com vencimento em janeiro de 2021 e é a primeira desse tipo em 2012 […]

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O Tesouro Nacional captou US$ 825 milhões de investidores norte-americanos, europeus e asiáticos com taxa de juros de 3,449% ao ano – o menor valor da história para emissões no exterior. O dinheiro veio da emissão de títulos da dívida externa com vencimento em janeiro de 2021 e é a primeira desse tipo em 2012 no mercado externo. A operação foi iniciada ontem (3) e concluída após o fechamento do mercado financeiro na Ásia. De investidores norte-americanos e europeus foram captados US$ 750 milhões. Outros US$ 75 milhões são de aplicadores asiáticos.

O dinheiro entrará nas reservas internacionais brasileiras no próximo dia 6 e os juros serão pagos nos dias 22 de janeiro e 22 de julho de cada ano, até o vencimento em 22 de janeiro de 2021.

Ultimamente, o Brasil tem feito emissões consideradas qualitativas, com o objetivo de estabelecer, neste momento, parâmetros de taxas para títulos do governo e de empresas no mercado internacional. Segundo o Tesouro Nacional, a demanda pelos papéis brasileiros permitiu conseguir juros mais baixos no mercado.

Taxas menores de juros indicam menor grau de desconfiança dos investidores de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida. Para papéis de dez anos, a menor taxa até agora tinha sido de 4,188% ao ano, obtida numa captação em julho de 2011. A emissão de hoje foi o primeiro lançamento de títulos da dívida externa em 2012. O último lançamento de títulos públicos no exterior havia ocorrido em novembro do ano passado.

A taxa do título brasileiro foi 150 pontos maior que a dos títulos do Tesouro americano de dez anos. Os títulos norte-americanos são considerados os papéis mais seguros do mundo.A proximidade da faixa, informou o Tesouro Nacional, indica que a dívida brasileira está cada vez com menos risco de calote.

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