OMS diz que levará ‘muitos meses’ para colocar fim à epidemia de ebola
Comitê decidiu manter status de emergência de saúde para a doença
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Comitê decidiu manter status de emergência de saúde para a doença
A OMS (Organização Mundial da Saúde) disse nesta terça-feira (7) que “levará muitos meses de duro trabalho” para colocar fim à epidemia de ebola e eliminar o risco de propagação a outros países, depois que seu Comitê de Emergência aconselhou mantê-la como uma emergência de saúde de preocupação internacional.
Esse comitê emitiu pouco antes uma declaração sobre a última avaliação que foi realizada da situação do ebola e recomendou prorrogar algumas medidas excepcionais, como os controles de temperatura na saída da Guiné, Libéria e Serra Leoa.
A Libéria foi declarada livre de ebola em 9 de maio, mas a recente aparição de três casos levou à recomendação de um reforço dos controles, que de todos modos eram mantidos no país para detectar imediatamente qualquer caso suspeito.
Mais cooperação
Em seu exame, o Comitê de Emergência – reunido por teleconferência na sexta-feira (3) e que trabalhou em suas recomendações até o começo desta semana – considerou necessário que a Guiné aumente a cooperação além da fronteira com a Guiné-Bissau, a fim de evitar eventuais casos de exportação do vírus do ebola.
Ao resto da comunidade internacional, o Comitê lembrou que se deve evitar toda “interferência desnecessária” com viagens e o transporte internacional, pois vários países e companhias mantêm restrições aos voos desde e para os Estados afetados.
O comitê recalcou que “não há justificativa sanitária” para que seja rejeitada a entrada ou que os viajantes fiquem em quarentena pelo simples fato de que estiveram ou são cidadãos de algum dos três países onde circula o vírus.
A República Democrática do Congo teve mais surtos da doença do que qualquer outro país. Desde dezembro de 2013, o vírus matou mais de 11.200 pessoas na Libéria, Serra Leoa e Guinea, na pior epidemia da febre hemorrágica de que se tem registro.
Um surto de três meses que matou 49 pessoas no ano passado nas remotas florestas do noroeste do país não foram relacionadas à epidemia do oeste da África.
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