Baseada no mangá mais vendido de toda a história do Japão, a série “One Piece” já foi transformada em anime e, agora, também é um live-action da Netflix.

A obra, de Eiichiro Oda, acompanha Monkey D. Luffy, um jovem que tem o sonho de se tornar o Rei dos Piratas e parte em uma jornada atrás de um grande e lendário tesouro.

O Live Action

Na trama, o protagonista reúne uma tripulação disposta a conquistar o seu destino, desbravando mares e lutando contra outros piratas.

O Live Action, da Netflix, foi dividido em 8 episódios, com diversas adaptações e alterações, a fim de resumir os  1.073 capítulos e 106 volumes do anime.

Houve diminuição no número de personagens, alterações nos formatos das relações e inclusão de novas sequências, que inexistiam na obra original, diferenciando bastante o mangá, o anime e a série.

Veja abaixo as principais alterações em One Piece, uma das maiores febres do universo geek, mas fique atento: o texto abaixo contém spoilers.

Personagens do mangá “One Piece” que não aparecem na série

Dezenas de atores (e personagens) do mangá precisaram ficar de fora da trama.

A principal ausência foi a do vilão Don Krieg (interpretado por Milton Schorr), um dos personagens mais fortes de One Piece, que representava o pirata mais temido de East Blue, na obra original e no anime.

Relação entre Luffy e Koby em “One Piece”

Koby mais relevante no live action da Netflix do que no mangá e no anime. 

No live-action, o personagem se encontra mais de uma vez Monkey D. Luffy (Iñaki Godoy), após o protagonista deixar a cidade de Shell Town.

Em obras anteriores, Luffy e Koby sofrem um abalo na amizade depois que o jovem torna-se cadete da Marinha e passa a ser supervisionado pelo Vice Almirante Garp (Vincent Regan), pai do protagonista.

“One Piece”: Nami na série e no mangá

Nami (Emily Rudd) aparece logo no começo da trama, tanto na série quanto no anime, e representa uma ladra presente na base da Marinha em que Luffy vai resgatar Zoro (Mackenyu Arata) e batalha contra o Capitão Morgan (Langley Kirkwood). 

No mangá, a personagem demora um tanto a mais para aparecer, sendo apresentada apenas no oitavo capítulo, quando acontece a conclusão do arco de Shells Town.

Relacionamento entre Usopp e Kaya

No live-action de “One Piece”, o relacionamento entre Usopp (Jacob Gibson) e Kaya (Celeste Loots) se torna mais relevante, ganhando, inclusive, cena de beijo. 

No mangá e no anime, os personagens vivenciam uma relação especial, mas não vivem um romance.

Segredo de Zoro em “One Piece”

No Live-action, Cabaji (Sven Ruygrok – um dos principais componentes do elenco de One Piece Live Action), rival de Zoro, revela um segredo que não aparece no mangá, durante a cena da luta entre os capangas do palhaço Buggy e os Chapéus de Palha.

A revelação é que o jovem foi o responsável pela morte de seu irmão.

Execução de Gol D. Roger

A execução de Gol D. Roger, representado por Michael Dorman, acontece logo no primeiro episódio do live-action, diante do Vice Almirante Garp. Diferentemente do que ocorre no mangá,  em que a cena só acontece depois de 90 capítulos e, no anime, quase no milésimo episódio. Em ambas as versões, o pai de Luffy não está presente no momento da execução.

Como o criador de One Piece se sente em relação a esta série da Netflix?

O autor e ilustrador Eiichiro Oda transformou One Piece no mangá mais vendido da história e ele mesmo em um dos autores de ficção mais vendidos de todos os tempos. É uma carga de trabalho impressionante, que ele equilibra com a manutenção de um relacionamento próximo com a produção da série Netflix. Obter o consentimento de Oda em relação a tudo, desde o elenco até a filmagem de certos cenários, era uma preocupação primordial, e sua satisfação era considerada a afirmação máxima de sua qualidade.

Considerando a duração da série, é uma afirmação que One Piece da Netflix pode estar buscando há muito tempo. Embora Oda tenha falado ao longo dos anos sobre seus planos de encerrar One Piece, sua ânsia de expandir a narrativa foi à ruína nesse aspecto. Seu objetivo mais recente era acabar com isso dentro de cinco anos e, pelo que parece, há uma boa chance de que a jornada de Luffy dure bem mais.