Financiamento e bolsa de estudo: 36,2% dos concluintes firmaram contratos para a graduação

Entre 467.627 concluintes do ensino superior que responderam ao questionário socioeconômico do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), 36,2% afirmaram ter contratado bolsa de estudo e/ou financiamento ao longo da graduação. O percentual equivale a aproximadamente 169.281 pessoas. Entre os que não adotaram nenhuma das duas formas de pagamento, 155.720 fizeram cursos g…

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Entre 467.627 concluintes do ensino superior que responderam ao questionário socioeconômico do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), 36,2% afirmaram ter contratado bolsa de estudo e/ou financiamento ao longo da graduação. O percentual equivale a aproximadamente 169.281 pessoas. Entre os que não adotaram nenhuma das duas formas de pagamento, 155.720 fizeram cursos gratuitos e 142.626 estudaram em cursos pagos e arcaram com as mensalidades.

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foi a única opção de pagamento adotada por quase metade dos 169.281 estudantes – mais precisamente, por 14,3% – o que representa a modalidade mais contratada. Em segundo lugar, aparecem as bolsas de estudo ofertadas pelas próprias instituições de ensino, com aproximadamente 11.850 pessoas (7%). Bolsas integrais do Programa Universidade para Todos (Prouni), que representam 6,2% das adesões, fecham as três principais modalidades.

Prouni parcial

O Prouni também oferta bolsas parciais de 50% na mensalidade para estudantes que têm renda familiar entre 1,5 e três salários mínimos por pessoa. Entre os respondentes do Questionário do Estudante do Enade, 5.611 pessoas (1,2%) contrataram apenas o Prouni parcial. Por outro lado, 3.273 estudantes (0,7%) optaram por complementar o pagamento da mensalidade com o Fies, mesmo já utilizando a bolsa parcial do Prouni.

Bolsa de estudo

Ao desconsiderar os programas de governo, as bolsas de estudo oferecidas por empresas, Organizações não-Governamentais e demais entidades viabilizaram 2,1% das graduações – cerca de 9.820 estudantes. “Procurei oportunidades mais viáveis financeiramente para começar a faculdade. Escolhi contratar bolsa de estudo e consegui mais de 50% de desconto”, destaca a Ayana Silva Lima.

Por estudar em curso da modalidade Educação a Distância, a aluna de Ciências Contábeis também considera o tempo um fator importante diante da rotina que leva. “Não precisar me deslocar todos os dias, me dá a possibilidade de estudar e conciliar as demais atividades com o trabalho”, avalia.

Entre as entidades que ofertam bolsa de estudo, o Educa Mais Brasil disponibiliza cursos de graduação com até 70% de desconto. Só no último semestre, foram ofertadas cerca de 240 mil oportunidades para o ensino superior, em todas as regiões do país. Com a bolsa, o abatimento incide diretamente na mensalidade do curso e, caso o contratante tenha realizado todos os devidos pagamentos, não acumula dívidas ao término da graduação. Diferentemente dos programas como o Prouni e o Fies, não é necessário comprovar renda para contratar o benefício.

Outras modalidades de incentivo

O relatório também apresentou dados sobre outras modalidades de incentivo ao ensino superior: bolsas oferecidas por governo estadual, distrital ou municipal, que representaram 2,9% das contratações; financiamento oferecido pela própria instituição (1,3%); financiamento bancário (0,5%).

Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na última semana, quando houve a apresentação dos resultados do Enade 2017. No ano passado, estiveram presentes no exame 450.995 graduandos de 10.570 cursos superiores: 10.054 presenciais e 516 EAD (educação a distância).

 

 

Tunísia Cores – Ascom Educa Mais Brasil

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