Após um ano e meio de disputa judicial, o empreiteiro André Luiz dos Santos, o Patrola, aceitou acordo com Leandro Mazina, ex-secretário de Saúde e cunhado do ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, para pôr fim à ação de despejo.
Vale ressaltar que Patrola foi denunciado por corrupção em contratos de obras e locação de máquinas na gestão de Trad.
Conforme acordo anexado no processo, a defesa de Mazina afirma à Justiça que as partes entraram em acordo e o ex-secretário pagará R$ 200 mil ao empreiteiro, sendo R$ 180 mil pelos atrasos nos aluguéis e no IPTU, em 45 parcelas de R$ 4 mil, e outros R$ 20 mil de honorários advocatícios.
Patrola entrou com ação de despejo em 2023, alegando atraso no pagamento dos aluguéis, numa dívida de R$ 183.390,87, somados com IPTU.
Os atrasos deram início à ‘briga’ judicial pelo apartamento localizado em um prédio na Rua Euclides da Cunha, em Campo Grande.
Por outro lado, Mazina tentava obter R$ 372.596,58 em compensação de crédito, alegando benfeitorias feitas no imóvel.
Mesmo já tendo desocupado o apartamento, a briga pelo dinheiro seguiu.
O empreiteiro, apontado pelo MP como ‘laranja’ de políticos, também é dono do imóvel onde mora a irmã de Marquinhos Trad, Tetê Trad. Ela também é alvo de despejo e também tenta acordo com o empreiteiro.
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Patrola é denunciado por corrupção

A primeira fase da Operação Cascalhos de Areia reuniu indícios que apontam para suposta rede de empreiteiras nas mãos de laranjas, a princípio comandadas por Patrola.
Assim, Patrola e outros empreiteiros foram denunciados pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por desvios em contratos de cascalhamento e locação de máquinas que ultrapassam R$ 300 milhões, segundo investigações. A maioria dos contratos foi firmada durante a gestão do ex-prefeito Marquinhos Trad.
A denúncia foi feita mês passado pelo MPMS e aguarda análise do juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande. Também figuram entre os denunciados o ex-secretário de obras da Prefeitura de Campo Grande, Rudi Fioresi, empreiteiros, supostos laranjas da organização criminosa e servidores.
Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, no total, 12 pessoas foram denunciadas por crimes como peculato, corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.
André Luiz dos Santos seria o operador do esquema de ‘laranjas’ para comprar as empresas e, assim, vencer todas as licitações de cascalhamento em Campo Grande. Trata-se de contratos difíceis de aferir a comprovação dos serviços.
Todas as empreiteiras têm contratos desde 2017 na Prefeitura de Campo Grande, ou seja, durante a gestão do ex-prefeito Marquinhos Trad. Os servidores alvos da investigação também foram nomeados pelo ex-prefeito.
À reportagem do Jornal Midiamax, Marquinhos disse que “todos os contratos de responsabilidade do gestor foram feitos e aprovados pela Procuradoria-Geral do município e controladoria de transparência. Não fiz e não faço parte dessa relação processual”. Além disso, negou ter praticado qualquer ato ilegal: “Todos os meus atos foram proclamados pelo MP como lícitos e legais”.
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