Justiça marca novo interrogatório de delator do esquema de corrupção chefiado por Claudinho Serra

A Justiça marcou para o dia 7 de fevereiro audiência de instrução e julgamento para ouvir o empresário Milton Matheus Paiva Matos, delator no esquema de corrupção chefiado pelo ex-vereador do PSDB, Claudinho Serra, segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

A audiência é mais um passo no processo criminal que apura esquema de corrupção em Sidrolândia, revelado pela Operação Tromper.

Além dele, também serão ouvidos novamente outros cinco réus no esquema, entre eles Ricardo José Rocamora Alves, empresário que emitiu a maioria das notas fiscais do esquema. Também serão ouvidos: César Augusto dos Santos Bertoldo (servidor municipal de Sidrolândia), Evertom Luiz de Souza Luscero (empresário de suposta empresa de fachada), Odinei Romeiro de Oliveira (empresário de suposta empresa de fachada) e Roberto da Conceição Valençuela (empresário).

Empresário é 2º delator do esquema

Em outubro do ano passado, a Justiça homologou o acordo de delação premiada do empresário Milton Matheus. Por isso, nova audiência foi designada. No entanto, somente os investigados citados manifestaram interesse em prestar novo depoimento para apresentar suas defesas diante dos fatos citados pelo delator.

Milton é proprietário da empresa 3M Produtos e Serviços LTDA e, recentemente, se livrou da tornozeleira eletrônica, assim como os demais investigados.

Além disso, a empresa teve o montante de R$ 532.735,60 bloqueados, além da restrição de venda do veículo GM S10 2.8. O mesmo valor também foi bloqueado da conta pessoal de Milton, além da restrição de veículo em seu nome: Toyota Corolla Altis.

A primeira delação é do ex-chefe de licitações de Sidrolândia, Thiago Basso da Silva.

Em depoimento de delação feita aos promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o ex-servidor detalhou como funcionava todo o esquema chefiado por Claudinho Serra. No total, 23 investigados se tornaram réus pelo esquema de corrupção no município de Sidrolândia, que fica a 70 km de Campo Grande.