Réu na Tromper por corrupção em Sidrolândia, Marcus Vinícius Rossetini de Andrade Costa, ex-chefe de licitações do município, pediu esclarecimentos ao juiz responsável pelo caso, sobre continuidade ou não do comparecimento mensal em juízo.
Essa é uma das medidas cautelares impostas ao grupo de acusados. No total são 23 réus, incluindo o chefe do esquema, Claudinho Serra (PSDB), que está preso juntamente de seu assessor, Carmo Name Júnior, o empreiteiro Cleiton Nonato Correia e o empresário Ueverton da Silva Macedo, o Frescura.
Tudo foi investigado na Operação Tromper, que começou em 2023 e revelou desvios milionários na Prefeitura de Sidrolândia, com fraudes em licitações e contratos, durante período em que Serra atuou como secretário de Finanças na gestão da sua sogra, Vanda Camilo.
Assim, Rossetini é implicado no esquema. Ele chegou a ser preso, mas foi liberado mediante medidas cautelares. Uma delas: o comparecimento mensal em juízo.
No entanto, em julho, ao comparecer para assinar, foi informado de que já havia cumprido os 180 dias (6 meses).
Dessa forma, solicitou que o juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva esclareça se está livre ou não da obrigação.
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Dois anos depois, escândalo que abalou Sidrolândia segue sem previsão de julgamento

Dois anos depois, a Tromper ainda segue sem previsão de ter um desfecho. De lá para cá, foram três fases da operação, que revelou esquema de desvios milionários em contratos públicos na Prefeitura de Sidrolândia, distante 70 km de Campo Grande.
Conforme o MP (Ministério Público), o esquema era chefiado pelo ex-vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB), quando ocupou cargo de secretário de Fazenda, durante a gestão da sogra, a ex-prefeita de Sidrolândia Vanda Camilo. Faziam parte do grupo empresários e servidores, além do político.
Nesses dois anos, o processo na Justiça juntou mais de 7 mil páginas, com 27 réus acusados de mais de 12 fatos criminosos envolvendo diversas licitações e duas delações premiadas até agora.
Diante da complexidade da ação e da grande quantidade de arquivos, o juiz responsável pelo caso, Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, que assumiu a Vara Criminal de Sidrolândia há menos de dois meses, avalia que não há previsão para uma sentença.
Assim, o magistrado avalia que “A ação penal principal […] ainda encontra-se conclusa para sentença, porém, sem previsão de julgamento imediato, dado o elevado grau de complexidade do feito“.
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Tromper começou investigando empresários e servidores

Em 18 de maio de 2023, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) tomou as ruas de Sidrolândia para cumprir mandados de busca e apreensão contra empresários e servidores.
O alvo era a empresa Rocamora Serviços de Escritório Administrativo Eirelli, do empresário Ricardo José Rocamora Alves, que seria por onde passava a maior parte das notas frias emitidas no esquema.
A firma havia conquistado mais de R$ 2,3 milhões em contratos com a administração municipal, de itens que vão de chaveiros a merenda escolar, fato que chamou atenção dos investigadores.
Investigações avançaram e chegaram a mais integrantes do grupo
Meses depois, em julho daquele ano, o Gaeco lançou a segunda ofensiva contra o grupo acusado de ‘abocanhar’ milhões em verbas públicas de Sidrolândia.
Naquele momento, foram presos os empresários Ueverton da Silva Macedo e Roberto da Conceição Valençuela, além do então servidor municipal Tiago Basso da Silva — que, tempos depois, firmou a primeira delação do caso.
Nesta ação, sete envolvidos foram denunciados pelo MP e se tornaram réus:
- Ueverton da Silva Macedo, o Frescura (empresário);
- Ricardo José Rocamora Alves (empresário);
- Roberto da Conceição Valençuela (empresário);
- Odinei Romeiro de Olveira (empresário);
- Evertom Luiz de Souza Luscero (apontado como laranja de Frescura);
- César Augusto dos Santos Bertoldo (servidor);
- Flávio Trajano Aquino dos Santos (servidor).
Já o empresário Milton Matheus Paiva, que foi denunciado, está com processo suspenso após fechar o segundo acordo de colaboração premiada.
Conforme as investigações e a delação premiada, o grupo se reunia para discutir fraudes em licitações no município de Sidrolândia.
Denunciado, o ex-secretário de Infraestrutura Carlos Alessandro da Silva se livrou do processo.
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