Erramos: Imasul converte mais de meio milhão de multas de André Patrola em serviços ambientais
Patrola já foi alvo de investigações por supostas irregularidades em obras e desmatamento no Pantanal
Dândara Genelhú –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
(Esta matéria foi alterada após constatar-se equívoco na interpretação de extrato publicado no DOE-MS. Reforçando seu compromisso com a transparência, a matéria foi retificada e este aviso fixado no link definitivo)
Multas ambientais que somam R$ 548 mil, aplicadas contra o empreiteiro André Luiz dos Santos — conhecido como André Patrola — foram convertidas pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) em serviços para melhoria da gestão ambiental.
A conversão ocorre nos termos do Decreto 15.156/2019, que institui o Pecoma (Programa Estadual de Conversão de Multas Ambientais do Imasul). Nesse contexto, a legislação estadual permite a autuados, resguardados os requisitos legais, optar pela execução de serviços com recursos próprios ou aderir a projeto apresentado por órgãos e por entidades, públicas ou privadas, sem fins lucrativos, dentre outras formas de conversão.
O dispositivo também destaca que “o valor dos custos da execução das ações, das atividades, das obras e dos projetos referentes aos serviços de preservação, de melhoria e de recuperação da qualidade do meio ambiente será igual ou superior ao valor da multa convertida“. Clique AQUI para conhecer o teor do decreto.
Patrola optou por adesão a investimentos e custeio de atividades ambientais
No caso do extrato publicado no DOE-MS (Diário Oficial do Estado) da segunda-feira (13), Patrola optou por converter os valores pagos em “adesão aos investimentos e ao custeio, das ações, das atividades, das obras e dos projetos referentes aos serviços de preservação, de melhoria e de recuperação da qualidade do meio ambiente, executados pelo Imasul”.
Sem detalhes, o extrato afirma que as infrações foram registradas em 2022 e 2023. O Jornal Midiamax solicitou ao Imasul o teor das infrações. Em nota, o órgão reforçou que a conversão da multa é prevista no Decreto Estadual n.º 15.156/2019, que regulamenta a substituição de penalidades pecuniárias por serviços que promovam a melhoria da gestão ambiental.
“O valor pactuado, no total de R$ 548.000,00 (quinhentos e quarenta e oito mil reais), foi destinado integralmente à execução de ações e projetos voltados à preservação, recuperação e proteção ambiental, assegurando benefícios diretos para o meio ambiente no Estado de Mato Grosso do Sul”, pontua o Instituto.
Alvo de investigações
Em 2024, o TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) inspecionou as obras de responsabilidade do empreiteiro André Luiz dos Santos, de revestimento primário em estradas na região do Pantanal.
Análise é da DFEMA (Divisão de Fiscalização de Obras e Serviços de Engenharia e Meio Ambiente). Então, concluiu que os documentos apresentados pelo responsável não tinham clareza quanto as exigências enumeradas em medida cautelar publicada pelo TCE em julho de 2023.
A medida cautelar aconteceu após série de reportagens do Jornal Midiamax, que denunciou utilização de materiais de baixa qualidade e desmatamento no bioma.
Auditoria da Corte constatou as irregularidades apontadas na denúncia do Midiamax como utilização de insumos de baixa qualidade, materiais usados na obra despejados em área de preservação e falta de sistema de drenagem.
Então, as denúncias da reportagem mostraram como a MS-228 – executada pela empreiteira de Patrola -, na região da Nhecolândia, umas das mais preservadas do Pantanal, está deixando rastro de destruição. Além disso, a denúncia mostra que Patrola estaria comprando fazendas no entorno de rodovias que está construindo.
Na MS-228, por exemplo, o empreiteiro é proprietário da Fazenda Chatelodo. Por lá, Patrola é responsável por desmatar área de 1,3 mil hectares, o equivalente a 1,3 mil campos de futebol.
As publicações do Midiamax detalham o desmatamento de 1,3 mil hectares e a rota de obras de responsabilidade de empresas contratadas pela Agesul com indícios de irregularidades.
A investigação do TCE-MS durou entre 3 e 7 de julho de 2023, após a equipe inspecionar a rodovia MS-228. Assim, diversos trechos das estradas, que são objeto de contratos para implantação de revestimento primário de rodovia não pavimentada, foram vistoriados.
*Atualizada às 10h37 para acréscimo de nota do Imasul e retificação da matéria.
✅ Siga o Jornal Midiamax nas redes sociais
Você também pode acompanhar as últimas notícias e atualizações do Jornal Midiamax direto das redes sociais. Siga nossos perfis nas redes que você mais usa. 👇
É fácil! 😉 Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.
💬 Fique atualizado com o melhor do jornalismo local e participe das nossas coberturas!
Notícias mais lidas agora
- ‘Nos próximos dias’, diz Adriane Lopes sobre reajuste na tarifa de ônibus em Campo Grande
- Policial civil é encontrado morto em delegacia de Campo Grande
- Servidor federal que bateu carro no Camelódromo de Campo Grande é solto com fiança de R$ 5 mil
- Carro cai em lagoa e quatro pessoas morrem afogadas no interior de MS
Últimas Notícias
Vagner Lara expõe constrangimento com Diego Hypolito: ‘Ele odeia ex-BBB’
No programa Se Liga, ex-BBB 14 Vagner Lara expôs fofocas de bastidores e revelou que Diego Hypolito não gosta de ex-participantes do reality
Trio é preso por roubo de 83 cabeças de gado na fronteira com Bela Vista
Entre os detidos está um capataz confiscada de organizações criminosas
Prefeitura de Bonito abre vagas temporárias para educação com salário de R$ 1,5 mil
Selecionados vão atuar em creches e escolas da área urbana e rural do município
Entre feriados e pontos facultativos, 21 datas marcam calendário comemorativo de Campo Grande em 2025
Confira a lista completa de feriados e pontos facultativos em Campo Grande
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.