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Transparência

Deputado usa tribuna da Alems para acusar mineradora por suposta sonegação de tributo

Paulo Duarte disse que mineradora LHG teria 'aumentado arrecadação' e, ainda assim, deixado de reajustar repasse para compensar eventuais danos ambientais
Celso Bejarano -
mineradora empresa deputado
Empresa LHG Mining possui mineradora de ferro e manganês em MS. (Ilustrativa, Reprodução, LHG Mining)

Na sessão desta terça-feira (6) na Assembleia Legislativa de , o deputado Paulo Duarte, do PSB, acusou a mineradora LHG Mining, que integra o grupo JIJ e J&F, por cometer suposta irregularidade no repasse da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral). Tal empreendimento, que nega a denúncia, opera nas regiões de Corumbá e , cidades situadas na faixa de com a Bolívia.

De acordo com o parlamentar, a mineradora estaria repassando a contribuição à revelia, ou seja, “pagando o quanto quer”. Duarte sustentou que o empreendimento teria “quase dobrado” a receita com a exploração do minério nos últimos anos. Não foram apontados valores que teriam sido sonegados.

CFEM é um tributo pago pelas empresas mineradoras em função da exploração de recursos naturais no . A arrecadação acerca da soma recolhida é repartida entre o Governo Federal, os Estados e os municípios, como meio de compensar eventuais impactos socioambientais da atividade mineradora e também promover o desenvolvimento das regiões produtoras.

Em Corumbá, conforme informou a assessoria de imprensa do deputado estadual, que abriga uma das maiores reservas de minério de ferro do país, a quantia arrecadada deveria acompanhar o crescimento da atividade.

Contudo, o parlamentar disse que, enquanto o lucro da empresa cresceu, o valor repassado “aos municípios diminuiu”.

Paulo Duarte disse no discurso que ouviu dos representantes da mineradora que houve um entendimento interno de que o frete não deveria compor a base de cálculo da CFEM. Na prática, essa interpretação permitiu à empresa recolher menos, mesmo com o salto bilionário na receita.

“E a Agência Nacional de Mineração, órgão responsável pela fiscalização da CFEM, sofre há anos com falta de recursos, servidores e presença efetiva nos territórios de mineração. Com o sucateamento do órgão, as empresas decidem de forma unilateral o quanto vão pagar dessa contribuição”, disse Duarte, que, durante a fala, exibiu um documento com os valores dos repasses.

A denúncia em questão, segundo a assessoria do parlamentar, ampliou o debate sobre o papel das grandes empresas no desenvolvimento das cidades em que atuam.

Para os deputados Gleice Jane e Pedro Kemp, ambos do PT, a JBS se beneficia de isenções fiscais como o ICMS, mas não assume nenhuma responsabilidade social ou econômica com a população local.

Empresa nega

A mineradora manifestou-se por meio de sua assessoria de imprensa. Enviou ao Midiamax uma nota em que diz:

“A LHG Mining reitera que paga os valores da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) em dia, reafirmando seu compromisso com a gestão transparente dos recursos minerais”.

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