Após escândalo do mensalinho, Câmara é investigada por pagamento de ‘penduricalhos’

MPMS investiga em sigilo denúncia de pagamentos indevidos no Legislativo de Ribas do Rio Pardo

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Câmara de Ribas do Rio Pardo (Divulgação)

A Câmara de Ribas do Rio Pardo – cidade a 97 km de Campo Grande – está novamente na mira do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Procedimento foi aberto para investigar denúncia de pagamentos indevidos, ou seja, penduricalhos no Legislativo Municipal.

Recentemente, investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) apontou que, em 2021, grupo de vereadores se uniu para se aproveitar da situação do então prefeito João Danieze – não reeleito – e negociar o pagamento de um ‘mensalinho’, ou seja, recebimentos mensais para garantir que eles votassem a favor do prefeito em projetos na Câmara Municipal.

Os parlamentares buscavam receber valores mensais de R$ 5 mil do prefeito. O ‘mensalinho’ aumentaria para R$ 10 mil para cada um com o decorrer do tempo. Esse era o preço imposto pelo grupo para apoiar o prefeito.

Todas as propostas feitas pelo grupo foram negadas pelo então prefeito João Danieze.

Agora, a investigação sigilosa do MPMS tem como objetivo “apurar eventual pagamento de gratificações, funções gratificadas, adicionais e demais acréscimos de remuneração aos servidores públicos integrantes do quadro funcional da Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo, em descompasso com os princípios e regras inerentes ao regime jurídico-administrativo”.

A reportagem questionou ao MPMS o porquê o procedimento está sob sigilo, mas não houve resposta até esta publicação. O Jornal Midiamax também procurou oficialmente a Câmara de Ribas para esclarecimentos, mas sem sucesso. O espaço segue aberto para posicionamentos.

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