Pular para o conteúdo
Transparência

Ex-prefeito de Itaporã vai a julgamento em março por suspeitas de fraude em licitações

Denúncia foi feita em dezembro de 2021
Renata Portela -
Compartilhar
Imagem ilustrativa (Divulgação)

O ex-prefeito de Itaporã, a 225 quilômetros de Campo Grande, Wallas Gonçalves Milfont, será julgado por improbidade administrativa. O processo tramita desde 2021, por suspeitas de fraudes em licitações ocorridas em 2016.

Conforme a denúncia feita em dezembro de 2021 pelo promotor Radamés de Almeida Domingos, em fevereiro de 2018 foi instaurado o inquérito para apurar os fatos. A informação é de que os crimes teriam ocorrido em 2016.

Naquele ano, o então prefeito teria contratado empresas de engenharia para implantação de iluminação na cidade. O que o promotor aponta que Wallas teria deixado de realizar procedimentos licitatórios, operando verdadeiro fracionamento deliberado de despesas com intuito de realizar modalidade de licitações menos complexas.

Ou seja, teria fracionado o montante global para ‘encaixar’ as contratações das empresas responsáveis. “Houve o fracionamento do objeto com a nítida intenção de classificar o certamente em modalidade menos complexa (convite), quando, de acordo a lei de regência, deveria ter ocorrido o procedimento licitatório pela modalidade tomada de preços, o que causou perda patrimonial efetiva ao ente público”, aponta a denúncia.

Assim, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pede o ressarcimento integral dos danos causados ao erário, a suspensão dos direitos políticos do ex-prefeito, a proibição de contratar com o poder público e o pagamento de multa civil no mínimo equivalente ao valor do dano causado.

O valor da causa é de R$ 508.439,93. O juiz Evandro Endo marcou audiência de instrução e julgamento para o dia 20 de março.

Condenação

O ex-prefeito de Itaporã já teve condenação de 3 anos e dois meses, em regime inicial aberto, por fraude licitatória e falsidade ideológica. Os crimes foram denunciados em 2014, com suspeita de direcionamento na contratação de agência de publicidade.

No entanto, em decisão de maio de 2023, o juiz Evandro Endo, da Vara Única de Itaporã, indicou que decorreu mais de 5 anos entre o recebimento da denúncia e a prolação da sentença. Por isso, a pena prescreveu antes que fosse cumprida, sendo o processo extinto.

*A matéria foi editada em 7 de fevereiro de 2024 para atualização, indicando que Wallas, apesar de condenado, teve a pena extinta por prescrição

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados