Ministro prorroga presença da Força Nacional em área de disputa indígena em Naviraí
Equipes dão apoio à Polícia Federal e podem permanecer no local até dezembro
Renata Portela –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Nesta sexta-feira (8), foi determinada prorrogação do emprego da Força Nacional de Segurança Pública, em apoio à Polícia Federal, nas comunidades indígenas de Naviraí. O local é alvo de disputas e conflitos entre indígenas e fazendeiros.
Conforme a determinação, o ministro de Estado de Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, prorroga o emprego da Força Nacional. Isso ocorre após sentença proferida pelo juiz federal Rodrigo Vaslin Diniz, da 1ª Vara de Naviraí.
Na portaria, fica estipulado período de prorrogação de 9 de setembro a 7 de dezembro. A intenção é seguir com a operação e dar apoio logístico na região onde está a comunidade indígena Kurupi Santiago Kue.
Sentença
Em julho, o juiz federal tomou decisão sobre pedido de interdito proibitório, com liminar, em face da comunidade indígena e da Funai (Fundação Nacional do Índio).
Conforme a determinação, o território já é disputado há anos, tendo processos tramitando desde 2014, de reintegração de posse. Neste primeiro processo, foi determinado que os indígenas poderiam utilizar parte da propriedade rural.
No entanto, isso teria mudado em 2022. Houve ainda tentativa de conciliação amigável, mas sem acordo. Com a tutela provisória de urgência, foi então decidido que os indígenas deveriam respeitar o acordo de 2014, utilizando apenas parte do terreno.
A Funai ainda foi intimada para apresentar um estudo com delimitação da tradicionalidade e os limites da posse indígena. O prazo para isso é agosto de 2025.
Em junho deste ano, foi feita uma audiência de conciliação para solução pacífica. Nos últimos meses, segundo o juiz, aconteceram vários incidentes.
Foi designada uma inspeção judicial para 12 de junho. Assim, com a inspeção, o juízo foi recebido por ambos os lados. Em 29 de junho, com as duas partes presentes, após horas de negociação, chegou-se a um acordo.
Este acordo foi uma nova delimitação da área de uso dos indígenas. Por isso, na decisão, o juiz determinou que fosse cumprida tal medida acordada entre as partes.
O plano de estudos para reintegração de posse continuará com cronograma acompanhado pelo juízo para, no próximo ano, ser concluído.
Conflitos
Em abril, um tratorista destruiu um galpão usado pelos indígenas para reuniões. Os destroços do barraco foram enterrados pelo tratorista, com a intenção de ocultar provas da atividade criminosa, segundo o Cimi (Conselho Indigenista Missionário).
Há pelo menos uma década, a comunidade Kurupi vive de acampamento em acampamento na beira da BR-163, aguardando a demarcação das terras.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Moradores vivem com lamaçal e enxurradas nas crateras em ruas do Noroeste a cada chuva
Crateras e enxurradas causadas pelas precipitações
Governo anuncia liberação de R$ 7,66 bilhões em emendas para a próxima 2ª
O texto abriu prazo até 31 de dezembro para os beneficiários das “emendas Pix”
VÍDEO: sem horas extras de policiais penais, presídios já deixam de receber visitas
Conforme servidores, o vídeo demonstra a situação de apenas uma unidade
Ex-superintendente lutou com adolescente pra tentar se defender de ser assassinado: O que se sabe
Depois de entrar na casa, adolescente demorou cerca de 1h30 para matar Roberto Figueiredo
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.