GT inicia ações corretivas para garantir água potável nas aldeias de Dourados

Medidas também incluem a construção de adutora, com 1.500 metros de extensão

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Um máquina retroescavadeira já está no local (Foto: Victor Alexandre)

A comissão criada para monitorar a falta de água em aldeias indígenas de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, já está produzindo resultados positivos. Segundo informações da Secretaria Estadual de Assistência Social, as obras de intervenções corretivas tiveram início nesta emana.

A medida repara vazamentos na base e promove a extensão de rede de abastecimento de água para algumas casas hoje servidas, aleatoriamente, por meio de caminhão-pipa e atende aos pedidos feitos pelo governador Eduardo Riedel e também pelo vice Barbosinha, que coordena o GT (Grupo de Trabalho).

“Adotamos uma solução emergencial, atingindo pontos focais e esperamos, nessa primeira ação, poder contemplar as famílias desassistidas por conta da obstrução nos PTs (os poços tubulares) provocada pela redução da capacidade de produção em muitos desses poços”, explica a engenheira Karoline Bonzi, do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena).

“Esse é um problema que se arrasta há anos, e agora, com o envolvimento desses atores, iniciamos com ações corretivas, ampliação e melhorias na rede, no sistema de reservação, para que a água possa começar a chegar nas residências e ao mesmo tempo, por meio dos geólogos, fazendo todo o projeto com a área de engenharia, para verificar a necessidade de investimentos, na parte de produção, reservação e distribuição”, destacou o vice-governador, que acompanha de perto os trabalhos da equipe técnica. 

Barbosinha lembra que essa não é uma responsabilidade do Governo estadual, “mas, nesse momento, não adianta apontar o dedo, a falta de água nas aldeias atinge a todos e o que o Governo do Estado quer é que esse projeto, piloto em Dourados, se estenda para outras aldeias”.

“E a comunidade indígena precisa estar inserida nesse processo e não há inserção quando você não tem o básico, quando você não tem água dentro das aldeias, e esse é o primeiro grande passo parta outras grandes conquistas que nós queremos para as comunidades indígenas e a todo o Estado. Um Estado rico, inclusivo, pressupõe que a riqueza seja compartilhada com todos”.

O engenheiro Evandro Costa Soares, que responde pela gerência do Escritório Regional da Sanesul em Dourados, já encaminhou a máquina retroescavadeira que permanece em ação nas aldeias Jaguapiru e Bororó. Nesta terça-feira (28), as equipes estavam concentradas na abertura de um trecho de aproximados 600 metros de extensão de rede, que vai possibilitar a interligação e atender, de imediato, aos moradores de 40 a 80 casas nos fundos da aldeia Bororó.

Uma nova adutora, com 1.500 metros de extensão, será construída no interior das aldeias, servidas hoje por 14 poços tubulares. O ponto focal do Dsei nesse momento, conforme os engenheiros Rafael e Karol, é recuperar a capacidade de produção dos PTs. “O PT 4 da Bororó e o PT 7 na Jaguapiru, por exemplo, estavam há muito tempo sem manutenção, precisamos recuperar a vazão deles que chegou a ser de 20 a 25 mil litros e caiu para em torno de 4.000, em média”, relatou Rafael. Problemas técnicos estão sendo identificados no sentido de amenizar a situação.

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