A secretária municipal de Educação, Ana Paula Benitez Fernandes, fez uma apresentação detalhada do Programa Municipal de Robótica para vereadores e órgãos de fiscalização do município. O tema é objeto de questionamento sobre sua aplicação e já teve até CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que foi arquivada pelo Legislativo.

A reunião aconteceu na última terça-feira (20), na Semed, e contou com a participação do professor Clovis Augusto Niiyama, coordenador do projeto, que fez uma demonstração do equipamento.

Todos os representantes da Câmara Municipal foram convidados e puderam tirar dúvidas sobre todas as fases do projeto. Participaram os vereadores Tio Bubi, Creusimar Barbosa, Jânio Miguel, Maurício Lemes, Daniel Júnior, Elias Ishy, Marcelo Mourão, Fábio Luís, o presidente Laudir Munaretto e ainda as assessorias do vereador Olavo Sul, Sérgio Nogueira, Juscelino Cabral e Diogo Castilho.

“Nós fizemos o convite para todos, o objetivo é apresentar a quantas andam, como estamos em termos de solução robótica educacional no município de Dourados. Muitas coisas são faladas, mas muitas coisas não condizem com a realidade, por isso estamos aqui pra mostrar, explicar como as coisas foram planejadas, com transparência”, explicou o procurador do município, Paulo Cézar Nunes da Silva.

“A robótica é um sonho nosso, de ofertar no ensino público aquilo que, na maioria das vezes, só alunos do ensino particular tem acesso. É dar oportunidade, é garantir equidade. Sei que em breve nossos alunos estarão participando de olimpíadas, levando o nome de Dourados, o nome da nossa Reme”, pontuou a secretária.

Os convidados puderam ver o equipamento, conhecer um pouco mais da programação e tirar dúvidas sobre o projeto. O diretor-geral do Campus de Dourados do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), Carlos Vinícius da Silva Figueiredo, participou da reunião e explicou a importância do investimento. “A robótica está para além do robô. Robótica significa língua portuguesa, significa linguagem de programação, significa interação social, liderança, criatividade”.

Dez escolas do município já estão com o projeto em pleno funcionamento. Todos os kits seguem os parâmetros e diretrizes do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), com prática pedagógica reiterada e validada pelo MEC.

Aulas em laboratórios

Os alunos se reúnem em grupo e lidam com uma situação-problema, em que é preciso muita pesquisa, planejamento, raciocínio lógico, criatividade e interpretação de dados para chegar a uma solução.

Em meio a fios e a sensores, eles “aprendem fazendo”, com liberdade para pensar na melhor solução para o que foi proposto pelo professor.

As aulas acontecem em laboratório com o uso de kits de robótica, desenvolvidos para finalidade educacional, ou com o uso de sucatas junto a outros materiais, como motores e sensores controlados por programas de computador.