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Transparência

STF julga dia 12 novo recurso de Trutis que tenta trancar investigações de falso atentado

O STF (Supremo Tribunal Federal) vai julgar no próximo dia 12 de março os pedidos formulados pela defesa do deputado federal Loester Trutis (PSL-MS) em agravo regimental impetrado após negativa em habeas corpus que tentou trancar as investigações sobre o suposto atentado a tiros, ocorrido em fevereiro de 2020. O julgamento do agravo ocorrerá em […]
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Deputado federal Loester Trutis (Divulgação)

O STF (Supremo Tribunal Federal) vai julgar no próximo dia 12 de março os pedidos formulados pela defesa do Loester Trutis (PSL-MS) em agravo regimental impetrado após negativa em habeas corpus que tentou trancar as investigações sobre o suposto atentado a tiros, ocorrido em fevereiro de 2020.

O julgamento do agravo ocorrerá em sessão virtual na 1ª Turma do STF, presidida pelo ministro Dias Toffoli, e com os ministros Marco Aurélio, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes como demais membros. Vale lembrar que Toffoli é o relator do recurso enquanto Weber relata o inquérito.

A defesa de Trutis ingressou com dois habeas corpus idênticos durante o recesso judiciário, ainda em dezembro passado – ambos acusavam agentes de produzir provas ilícitas e pleiteavam o trancamento dos inquéritos na Polícia Federal e no STF, também a suspensão destes enquanto os recursos não fossem julgados. Caso contrário, o parlamentar pediu o trancamento parcial, a fim de evitar indiciamentos por comunicação falsa de crime e dano. No entanto, Toffoli negou o seguimento da matéria e, assim, sequer analisou o pedido de liminar.

Foi quando a defesa de Trutis recorreu da decisão que derrubou o pedido de habeas corpus. Na matéria, o parlamentar voltou a atacar o trabalho da Polícia Federal na Operação Tracker e questiona as provas produzidas pelos investigadores, além de pedir que parte das evidências sejam excluídas do inquérito policial.

Ministra Rosa Weber, STF, Reinaldo Azambuja, Relator, Edson Fachin, Habeas corpus
Ministra e do STF, Rosa Weber | Foto: Nelson Jr. | SCO | STF

A defesa do deputado federal alega que ele não foi avisado de que poderia permanecer em silêncio durante oitivas e reprodução simulada do atentado. Além disso, reclama que o Toyota Corolla em que Trutis e seu assessor parlamentar Ciro Nogueira Fidelis estariam no momento do ataque não foi usado na simulação, embora o veículo estivesse de posse da .

Trutis também põe em xeque as provas obtidas a partir do rastreador do veículo. O aparelho ajudou os investigadores a identificar que o deputado e seu assessor ficaram parados em uma estrada vicinal na manhã do suposto ataque. No local, a polícia encontrou munições deflagradas e fragmentos de vidro. Mas, na versão do parlamentar, o atentado aconteceu na pista da BR-060, saída de para .

Perícia

No último dia 26 de fevereiro, o parlamentar sofreu novo revés com decisão monocrática de Rosa Weber: a relatora do inquérito determinou continuidade das diligências no prazo de 60 dias, com ações que incluem perícias em telefones celulares e nas armas apreendidas em posse do deputado.

A decisão de Rosa Weber atende a pedido formulado pelo MPF (Ministério Público Federal), por meio da PGR (Procuradoria-Geral da República), que rebateu as hipóteses de ilegalidade ou abuso de poder durante as diligências da Polícia Federal, levantadas pela defesa de Loester Trutis.

O órgão também reforçou que todas as armas apreendidas são de interesse da investigação, não devendo ser restituídas, a fim de que análise pericial ateste ou não se projéteis localizados no local do suposto atentado saíram das armas encontradas em posse do parlamentar.

Investigação da PF concluiu que Trutis armou ataque a tiros

 

As investigações da Polícia Federal acerca do suposto atentado de fevereiro de 2020 se voltaram contra Loester Trutis a partir de trabalhos periciais. Laudos balísticos, de exame de local e informações de georreferenciamento entraram em rota de colisão com o que alegava o deputado e seu assessor.

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Polícia Federal concluiu que Toyota Corolla onde estava Loester Trutis não foi seguido | Foto: Reprodução | Facebook

Assim, a PF concluiu que o atentado foi simulado por Trutis, de olho em dividendos políticos e eleitorais. O parlamentar é um entusiasta voraz da flexibilização do Estatuto do Desarmamento.

A polícia identificou que ele sequer foi seguido no dia do suposto ataque a tiros. Além disso, a descrição dada pelo deputado federal sobre o veículo supostamente envolvido no atentado atentado contra ele levou os investigadores a uma caminhonete “antiga e deteriorada, que certamente não teria condições mecânicas razoáveis para ser utilizada em um atentado em face de alguém que estava embarcado em um potente Toyota Corolla”, conforme descreve o inquérito.

Com base no trabalho da PF, a ministra Rosa Weber deferiu os pedidos para busca e apreensão contra Trutis, seu irmão, Fidelis e Jovani Batista da Silva. Para a magistrada do STF, as provas obtidas no âmbito da investigação podem implicar Loester Trutis nos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, disparo de arma de fogo, dano e comunicação falsa de crime.

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