Depois de ser ‘piloto' de projeto que previne corrupção, todos os estados do Brasil passaram por avaliações em organizações públicas federais, estaduais e municipais das três esferas do poder: Legislativo, Judiciário e Executivo. O resultado foi divulgado pelo secretário do TCU (Tribunal de Contas da União) em MS, Mário Júnior Bertuol.

Assim, o PNPC (Programa Nacional de Prevenção à Corrupção) analisou 9.205 organizações em todo o país e, conforme o resultado, 82,4% dos órgãos públicos participantes do projeto possuem brechas que favorecem a corrupção. “Essa realidade mostra que grande parte das instituições estão sob risco de fraude e corrupção”, destacou o secretário.

Por outro lado, apenas 1,6% das instituições públicas possuem políticas de controle que dificultam essas práticas. Isso corresponde a apenas 136 órgãos entre todos os participantes. No meio-termo, classificadas com proteção média contra corrupção, estão 16% das organizações.

Os resultados dos órgãos de MS serão divulgados no início de 2022, adiantou o secretário.


Coordenador do PNPC, Mário Júnior Bertuol, apresenta resultados nacionais do programa contra brechas para a corrupção

Sobre o PNPC

O PNPC é idealizado pela rede de controle da gestão pública de Mato Grosso do Sul, que é uma espécie de fórum formado por órgãos como o TCU (Tribunal de Contas da União), TCE (Tribunal de Contas do Estado), MPF (Ministério Público Federal), (Ministério Público do Estado), CGU (Controladoria-Geral do Estado) e outros.

Para o secretário do TCU em MS – e coordenador do programa a nível nacional -, Mário Júnior Bertuol, a 1ª avaliação do PNPC a nível nacional é um importante passo para combater a corrupção no país. “Temos nosso marco zero que vai nos permitir medir periodicamente a evolução das organizações públicas do Brasil quanto a implementação das boas práticas de controle de prevenção à corrupção, com apoio dos órgãos de controle do país”, destacou durante a divulgação de resultados.

Para esta 1ª avaliação nacional, MS está entre os estados com maior adesão dos órgãos públicos, 93,5%. Também lideram a adesão de instituições participantes, com mais de 80% de adesão os seguintes estados. Espírito Santo, Rondônia, Paraíba e Paraná.

“Temos números extraordinários de adesão, de 60% do setor público brasileiro. São 9.205 organizações de todas as esferas do poder”, exaltou Bertuol.