Pular para o conteúdo
Transparência

Justiça derruba decisão que condenou deputado a pagar R$ 537 mil por se promover em caderno do governo

1ª Seção Cível acatou pedido de Dagoberto Nogueira (PDT-MS) e rescindiu acórdão
Arquivo -

A 1ª Seção Cível do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) rescindiu acórdão que havia condenado o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT-MS) por administrativa. A decisão livra o pedetista de restituir R$ 537,3 mil aos cofres do Estado.

Dagoberto havia sido denunciado porque, segundo o MPMS (Ministério Público Estadual), se aproveitou da impressão do “Caderno de Produção”, publicado pela então Secretaria de Estado de e Produção, para se promover. O deputado comandou a pasta na administração de José Orcírio dos Santos, o .

A denúncia foi rejeitada em primeira instância, mas um acórdão reformou a decisão e condenou Dagoberto ao ressarcimento integral do dano , bem como ao pagamento de multa equivalente a dez vezes o valor de seu salário à época. Atualizada, a punição ultrapassa meio milhão de reais.

[Colocar ALT]
Capa do ‘Caderno da Produção’, publicação que levou MPMS a denunciar ex-secretário por promoção pessoal – Reprodução

O deputado ingressou com uma ação rescisória e conseguiu suspender o acórdão liminarmente. No início do mês, a 1ª Seção Cível derrubou a condenação em caráter definitivo.

Relator da ação, o desembargador João Maria Lós votou favorável ao pedido do deputado federal e disse que não é possível enquadrar a acusação do MPMS no conceito de improbidade administrativa. Ele foi acompanhado pelos desembargadores Divoncir Schreiner Maran e Claudionor Miguel Abss Duarte.

Por outro lado, o desembargador Sérgio Fernandes Martins abriu divergência e votou pela manutenção do acórdão que condenou o pedetista. Ele teve o endosso do desembargador Paulo Alberto de Oliveira, mas acabaram vencidos.

O acórdão da 1ª Seção Cível é do dia 5 de abril, porém, só foi publicado hoje (30) no Diário da Justiça Eletrônico.

Contratos de publicidade do governo Zeca foram alvo de ações na Justiça

A denúncia envolvendo Dagoberto Nogueira foi mais uma da leva de ações na Justiça questionando contratos de propaganda da gestão de Zeca do PT. O caso ficou conhecido como “farra da publicidade”.

Após as denúncias, a Justiça já deixou o petista inelegível e também já arquivou outras ações originadas do caso. Mais recentemente, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou recurso movido pelo MPMS contra acórdão que livrou o ex-governador de uma ação que o implicava no suposto desvio de R$ 218,3 mil em contrato de publicidade.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados