Contratos de R$ 8 milhões são rompidos e novas licitações terão preços maiores
Há obras paradas e, portanto, aguardadas com expectativa como o Centro de Belas Artes e teatro do Paço Municipal
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Contratos que somam pelo menos R$ 8 milhões tiveram de ser rescindidos em Campo Grande em poucos meses e, agora, as obras precisarão ser relicitadas com estimativa de preço maior. O motivo, em todos os casos, é o aumento de materiais no período que antecede o início da intervenção. Quando de fato começaria, os valores licitados se tornaram inviáveis, de acordo com o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fioresi.
São os casos da conclusão do Centro de Belas Artes, reformas do Horto Florestal, Teatro Otávio Guizzo e de Cras (Centro de Referência de Assistência Social). “Percentual de aumento de material varia. O reflexo na obra depende do quanto tem de materiais que mais subiram. Aço, por exemplo, dobrou de preço. Se uma obra tem muito aço, reflete mais”.
Com a lógica, há intervenções que não foram impactadas e, portanto, continuam, seja com licitação ou fases que antecipam o início da obra, em andamento. Dos R$ 8 milhões citados, R$ 5 milhões são referentes ao Centro de Belas Artes. A obra é emblemática em Campo Grande e ‘espera’ retomada há anos.
Centro de Belas Artes, obra inacabada e parada há anos
O contrato com a Vale Engenharia e Construções foi o primeiro a ser rescindido por inviabilidade dos preços estimados na licitação, em 27 de abril deste ano. Neste caso, a empresa contratada anteriormente entrou com processo judicial, alegando que tinha serviços executados e não pagos pela prefeitura. A Justiça determinou, então, perícia no local, enquanto nova intervenção foi barrada, até conclusão da ação.
No mês seguinte, o Executivo municipal rompeu contratos com a MDP Construção Civil que teria de reformar o Horto Florestal e o Teatro Otávio Guizzo, no Paço Municipal, fechado há 28 anos. De acordo com o que disse na ocasião o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, a rescisão foi necessária porque ‘os preços ficaram inviáveis’.
“Os materiais subiram muito entre a licitação e a formalização do contrato, que demorou porque a Caixa não tinha autorizado ainda. Estamos atualizando o orçamento para licitar novamente”.
Aumento com as novas licitações
“Com certeza os preços vão subir. Estamos analisando caso a caso, para licitar novamente”, esclarece o secretário. Ele afirma que todas as obras são prioridades, mas admite que a do Belas Artes, pela necessidade de encerramento de convênio que existe entre a Prefeitura de Campo Grande e o Ministério do Turismo, além de ser uma obra parada há anos, deve ser a primeira a ter nova concorrência.
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