A Prefeitura de Campo Grande rescindiu o contrato com a MDP Construção que previa reforma do Teatro Otávio Guizzo, no Paço Municipal, segundo divulgado no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) desta quinta-feira (20). Aguardada com expectativa, a obra foi licitada em 2020 com previsão de R$ 701.211,98, e precisava da autorização da Caixa Econômica Federal. 

De acordo com o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fioresi, a rescisão foi necessária porque ‘os preços ficaram inviáveis’. “Os materiais subiram muito entre a licitação e a formalização do contrato, que demorou porque a Caixa não tinha autorizado ainda. Estamos atualizando o orçamento para licitar novamente”.

A nova planilha com previsão de gastos está em fase de conclusão, e o secretário estima que, até julho, nova licitação deva ser lançada. “Espero que mês que vem, julho, no máximo”. A rescisão foi ‘bilateral’ e a empresa não chegou a fazer qualquer serviço no local.

Histórico

Estavam previstos 210 dias de obra, a partir da contratação, para a empresa reformar toda estrutura, da parte hidráulica, passando por pintura, troca de pisos, iluminação, adequação dos banheiros.  A adequação no local, fechado há pelo menos 28 anos, é, ainda, aguardada com expectativa.

Construído na década de 70, o espaço ainda levava a categoria de anfiteatro e foi elevado a teatro com a reforma realizada em 1990, quando passou a se chamar Teatro José Octávio Guizzo, em homenagem ao advogado e escritor que realizou extensa pesquisa sobre a atriz Glauce Rocha. Mesmo com as obras, o teatro permaneceu fechado para a cultura e era utilizado eventualmente para sessões da Câmara de Vereadores.