não está mais no “Serasa” do Tesouro Nacional. Listado desde 2018 com nota C pela Capag (Capacidade de Pagamento), o maior município do interior de Mato Grosso do Sul, em menos de quatro meses conseguiu subir para o conceito A. Com isso o município passa a ter mais credibilidade no mercado.

A análise da Capag leva em consideração os indicadores Endividamento, Poupança Corrente e Liquidez de cada município. Com base no princípio do estudo da receita e despesa corrente, a agência é responsável por avalizar a situação fiscal dos Estados e Municípios que pleiteiam contrair empréstimos com a garantia da União.

Em conversa com a reportagem do Midiamax, o prefeito (PP) ressaltou a melhoria da classificação de Dourados no ranking da Capag como uma grande conquista e mostra que a administração está no caminho certo ao optar pelo equilíbrio financeiro.

 “Desde o primeiro dia da nossa gestão entendemos que para recolocar o nosso município nos trilhos, precisávamos recuperar a confiança dos investidores. Com nome limpo na praça, as coisas ficam mais fáceis”, ponderou o prefeito, ao lembrar que teve que apertar os cintos com redução de cargos e contingenciamento de despesas e também promoveu melhorias no fluxo de caixa do município.

Com base nesse diagnóstico, é possível mensurar se a realização de uma operação de crédito representa algum risco para os cofres públicos. Com a nota A, Dourados pode pedir o apoio da União para avalizar empréstimos para investimentos em áreas cruciais como: e modernização. Com esta nova avaliação, Dourados passa a integrar um seleto grupo de municípios brasileiros, cerca de 13% do total, com nota A.

“É claro que dá para agente avançar em alguns outros aspectos ainda, mas é importante destacar que essa nova classificação para nota A, permite que o município possa acessar outras fontes de receita, diferente do município que está com a Capag C, por exemplo”, observou Alan Guedes.

Alan Guedes ressalta que um dos principais pontos a serem melhorados de agora em diante é o comprometimento com pagamento da folha. “Dourados estava acima do limite prudencial, mas no início do ano com o corte de cargos comissionados, nós voltamos ao limite prudencial. Entretanto, nossa meta é gastar menos que 51,3% da receita com a folha de pagamento, o que dá mais confiança para investidores nacionais e estrangeiros”, acrescenta Alan.

Prefeitura figurava desde 2018 na lista de maus pagadores do Tesouro Nacional

Outro ponto prioritário, de acordo com o prefeito, é melhorar a prestação de contas ao tesouro. Nesse sentido, o secretário de Fazenda, Everson Leite Cordeiro, ressalta que além de resgatar a imagem de bom pagador junto ao Tesouro, a nota A também atrai investidores. “O empresário quando escolhe uma cidade para investir, uma das primeiras coisas que ele observa é a capacidade de pagamento do município”, informa.

“Quando falamos em finanças, não é somente dinheiro e capacidade de pagamento, mas também, a imagem junto aos investidores. Este é um passo muito importante para Dourados e vai nortear nosso crescimento nos próximos anos”, explica o secretário.

Já no entendimento do secretário de Governo e Gestão Estratégica, Henrique Sartori, o município agora passa a ser apto a receber transferências voluntárias de recursos da União. “Sem a nota A nós estávamos recebendo apenas os recursos obrigatórios do e das emendas. Agora, essa classificação abre um leque de novas oportunidades”, pontua Sartori.