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Transparência

Juíza mantém Pantanal Cap fechada e nega pedido para devolver dinheiro apreendido

Nesta semana, a juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal, decidiu por manter o prédio que compreende a sede da Pantanal Cap fechado, além de negar a devolução de bens apreendidos durante a última fase da Operação Omertà. Serão depositados em conta judicial os R$ 100 mil encontrados na casa do deputado estadual Jamilson […]
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Nesta semana, a juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal, decidiu por manter o prédio que compreende a sede da Pantanal Cap fechado, além de negar a devolução de bens apreendidos durante a última fase da . Serão depositados em conta judicial os R$ 100 mil encontrados na casa do deputado estadual Jamilson Name.

Conforme o despacho, o pedido da Fena Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda foi a de acesso ao imóvel, no Itanhangá Park, para extração de cópia da documentação da empresa, devolução do valor apreendido, além de revisão da decisão que determinou que a empresa fosse lacrada. O (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) foi a favor do pedido de retirada de cópia dos documentos.

A juíza deferiu, no entanto a ação deve ser agendada e feita na presença de dois policiais do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Já quanto ao pedido de reabertura do imóvel, que compreende a sede da Pantanal Cap, além de escritório do deputado estadual e outros escritórios da família, a magistrada foi contra.

A decisão inicial para que a empresa fosse lacrada partiu da juíza Eucélia Cassal, sob alegação de movimentação ilícita de dinheiro no local, configurando lavagem de dinheiro para o jogo do bicho. Na peça, chega a ser dito que a empresa Pantanal Cap girava mais de R$ 18 milhões por ano e que a arrecadação diária do bicho era de R$ 50 mil.

Juíza mantém Pantanal Cap fechada e nega pedido para devolver dinheiro apreendido
Sede da Pantanal Cap lacrada (Foto: Leonardo de França, Midiamax)

“A decisão de fechamento e lacração do imóvel se mantém pelos seus termos, não havendo que se falar em reconsideração da decisão, sendo vedado ao Juízo decidir questão já decidida”, pontua a juíza na negativa ao pedido. Ainda conforme a magistrada, a lacração do prédio ocorreu para impedir a continuidade da atividade da empresa investigada.

Por fim, foi determinado depósito em conta judicial dos valores apreendidos na casa do deputado Jamilson, que também havia solicitado a devolução do dinheiro, alegando ter procedência lícita.

Mandado de segurança

Ainda corre em segundo grau um outro pedido de reabertura da sede da Pantanal Cap, a ser analisado pela desembargadora Elizabete Anache, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). A princípio, o pedido foi feito no plantão, mas o desembargador que recebeu entendeu que não havia urgência e por isso demandou redistribuição por .

Já apreciado pela desembargadora, ela então solicitou para os advogados da Fena Consultoria que fossem inseridos alguns documentos aos autos, com prazo de 15 dias. Houve a troca de advogados no procedimento e ainda não há uma decisão.

Arca de Noé

A sexta fase da Operação Omertà foi realizada em 2 de dezembro, por agentes do Gaeco, Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), com apoio do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), Batalhão de Choque e Força Tática.

Foram cumpridos mandados de prisão, que resultaram na detenção de Cláudio Rosa de Moraes; Augustinho Barbosa Gomes; Darlene Luiza Borges; José Ney Martins, Cícero Balbino; Leonir Pereira de Souza; Raimundo Nery de Oliveira; Patrícia Pereira Lyra; Tatiana Freitas; Marcilene de Lima Ferreira; Renato de Lima Fontalva e Ricardo Alexandre Cáceres Gonçalves.

Além disso, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão e feito o bloqueio de mais de R$ 18 milhões das contas da Pantanal Cap. A empresa foi alvo da ação e foi lacrada, mediante determinação da Justiça. Agora, deve parar as atividades. Conforme apurado anteriormente pelo Midiamax, as equipes foram tiradas das ruas e a vendas dos títulos de capitalização suspensas.

Além da sede, também foram cumpridos mandados na casa do deputado Jamilson Name, filho de Jamil Name, alvo da primeira Omertà e também dono da Pantanal Cap.

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