Dois investigados presos durante a Operação Penúria, que foi deflagrada na última sexta-feira (21), de superfaturamento na compra de cestas básicas e, consequentemente, de corrupção na Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho) pagaram fiança sendo colocados em liberdade.

Os empresários Luciano Rufino e Mauro Márcio foram presos em flagrante por posse irregular de arma de fogo, já que munições e armas foram encontradas com eles. Os dois foram levados para a delegacia e pagaram uma fiança cada um de R$ 1.045 ganhando a liberdade no mesmo dia das prisões. O terceiro empresário, Celso Rodrigues não passou por custódia e informações sobre ele estão sob sigilo judicial.

Os três, foram alvos de uma operação, que investigava o superfaturamento na compra de cestas básicas pela gestão do governador . Foram 13 mandados de busca e apreensão cumpridos. O principal alvo da operação deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público) era um contrato de compra de 60 mil cestas básicas, com dispensa de licitação em razão da pandemia do coronavírus.

A empresa Farturão recebeu R$ 5,8 milhões pela venda dos itens, contudo, há suspeita de superfaturamento nos valores das cestas. No dia 6 de abril, a Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho) divulgou o contrato com a empresa no valor total de R$ 5.820.000, 00 de 60 mil cestas básicas, que seriam distribuídas às famílias carentes do Estado. Os alimentos eram para enfrentamento da .

Pouco mais de um mês, em 15 de maio, o contrato sofreu aditivo com número de 005/2020 e mudança na redação contratual, incluindo que a distribuição dos alimentos também seriam para além das famílias cadastradas no CaOnico, também para idosos em regime de abrigamento.

Operação

Na sexta-feira (21), o Gecoc (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público), coordenador pelo promotor de Justiça Adriano Lobo Viana de Resende, deflagrou a Operação Penúria, cumprindo 13 mandados de busca e apreensão.

A denúncia foi protocolada pelo Capitão Contar, que estranhou o valor de R$ 5,8 milhões para compra de cestas básicas, sem licitação, permitida por causa da pandemia do novo coronavírus.

O deputado chegou a pedir informações ao Governo do Estado, mas nem mesmo o pedido foi encaminhado, por ter sido barrado na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso  do Sul) pelos deputados, maioria do grupo do governador tucano.